Tumulto envolvendo paciente em porta de UPA retrata tensão por longas esperas
A Sesau informou que o paciente está em tratamento na unidade e o atendimento à ele é prioritário
Paciente foi gravado discutindo com Guarda Civil Municipal na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica. Segundo apurado pela reportagem, a situação ocorreu devido a demora no atendimento no dia 7, mas as imagens só foram divulgadas nesta terça-feira (10). No vídeo enviado ao Campo Grande News, é possível escutar que o paciente dizendo que o guarda o chamou de "porcaria". Em seguida, ao explicar para outro funcionário da unidade, o paciente começa a se bater. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), não foi identificada agressão verbal por parte do profissional.
O rapaz que gravou o vídeo não quis se identificar. A espera por atendimento chegava a três horas, segundo pacientes e o homem na cadeira de rodas reclamou para a assistente social. "Ele dizia que os médicos estavam à toa porque não estava acontecendo o atendimento de urgência e estava gritando, aí o guarda municipal apareceu para gritar com ele de volta. Chegou até o momento em que o guarda chamou ele de porcaria e o cadeirante ficou louco", comentou.
A situação é resultado do estresse contínuo vivenciado por pacientes e funcionários de unidades de atendimento que funcionam por 24h. Frequentemente o Campo Grande News recebe relatos dos leitores a respeito de demora no atendimento, unidades superlotadas, sem ventilação adequada que aumentam o sentimento de angustia dos pacientes.
Nesta terça-feira (10), uma leitora que não quis se identificar, relatou que estava aguardando por atendimento, por mais de duas horas no Upa Leblon e durante a tarde havia pacientes que estavam esperando desde às 9h para serem atendidos.
Em retorno, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que o paciente do vídeo é diabético e está com uma ferida em um dos pés, motivo pelo qual está na cadeira de rodas. Segundo a nota, o paciente está fazendo tratamento na unidade desde o dia 2, e o atendimento à ele é considerado prioritário, sendo que apenas os pacientes na classificação de risco "amarela" passam por atendimento na frente dele.
"Neste episódio, o paciente causava tumulto no local, agredindo verbalmente os profissionais que lá estavam. O Guarda Municipal que estava de plantão na unidade tentou apaziguar a situação quando o paciente voltou a gritar, acusando-o de ter sido xingado Cabe ressaltar que em nenhum momento foi identificado agressão verbal por parte do profissional e que ele estava realizando o que é de função do profissional de segurança que fica no local. Ainda é importante ressaltar que, em nenhuma situação nesses dias de tratamento o paciente ficou mais de quarenta minutos para ser atendido", explicou a Sesau.
Segundo a pasta, os pacientes passam pela avaliação de risco, que identifica o risco à vida dele, e, com base nesta classificação, é dada a prioridade ao atendimento. "Desta forma, aquele paciente que teve qualificação verde ou azul, ou seja, que representa pouco ou nenhum risco à vida, tem tempo protocolar de espera de até quatro horas", finalizou a nota.
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