Bancos repetem proposta de reajuste de 7% e negociação prossegue
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e o Comando Nacional dos Bancários retomaram a 9ª rodada de negociações nesta quarta-feira (28) em São Paulo (SP), mas o fim da greve da categoria ainda parece estar longe de ser solucionada.
Os bancos voltaram à mesa com a proposta de reajuste de 7% - assim como fez na rodada anterior - e R$ 3,5 mil de abono este ano - na proposta anterior, o valor proposto foi de R$ 2,3 mil. Já os vales e demais auxílios oferecidos sofreriam correção conforme os índices correspondentes a cada item.
Entretanto, os números propostos ficam aquém da expectativa dos bancários, que querem reajuste de 14,78% - destes, 9,78% cobririam a inflação de 9,78% dos respectivos 12 meses referentes ao reajuste, e 5% de ganho real de salário.
Mecanismos para combater metas abusivas, demissões em massa, entre outras, além de um piso salarial fixado conforme o salário-mínimo necessário aferido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que chega ao valor de R$ 3.991,40 em agosto, também é cobrado pelos bancários.
O impasse continua e a reunião na capital paulista entre os representantes nacionais de patrões e funcionários prossegue, não sendo fornecido ainda mais informações sobre o atual estágio da negociação.
A greve nacional completou seu 23º dia nesta quarta-feira (28). Em Campo Grande e região (são 29 municípios que compõem o sindicato local), 151 unidades bancárias ficaram sem atendimento físico – 94,4% das 160 agências existentes. Já o autoatendimento em caixas eletrônicos e pela internet continua normalmente.