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Economia

Guerra entre postos faz preço da gasolina recuar ao valor de 2012

Luciana Brazil | 02/09/2014 14:27
Com concorrência forte gasolina é vendida a R$ 2,65 na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
Com concorrência forte gasolina é vendida a R$ 2,65 na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
Preço nas bombas cai e consumidor sai ganhando. (Foto: Marcelo Calazans)
Preço nas bombas cai e consumidor sai ganhando. (Foto: Marcelo Calazans)

A concorrência acirrada entre os postos de combustível em Campo Grande fez o preço da gasolina cair nos últimos dias. O consumidor voltou no tempo e agora encontra nas bombas o preço que pagou em setembro de 2012, quando o litro saía por R$ 2,65. E nesta “briga” quem sai ganhando é o consumidor, que está pegando menos. A luta para atrair os clientes, além de derrubar o preço, é uma estratégia dos postos para acompanhar o mercado local.

Segundo pesquisa divulgada na semana passada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), feita entre os dias 24 e 30 de agosto, o preço médio da gasolina na Capital é de R$ 2,80, o mesmo valor divulgado em setembro de 2012. A Agência divulga semanalmente os preços -médio, máximo e mínimo - dos combustíveis nos estados e capitais.

Conforme a ANP, em setembro de 2012, o maior preço encontrado nas bombas foi de R$ 2,89 - R$ 0,10 centavos a menos que o valor encontrado na última pesquisa, R$ 2,99.

Apesar dos dados apontarem que o preço mínimo, coletado na semana passada, foi de R$ 2,69, nas ruas a reportagem encontrou postos vendendo a gasolina por R$ 2,65, como em 2012.

“Isso é uma guerra de preço. Este é um mercado complicado e diferenciado. Não é como roupa que você compra e revende. Nós temos um contrato com a companhia e temos que vender, temos que cumprir cotas. Se o posto vende menos do que o esperado, o consumidor começa a ver as promoções, tudo porque é preciso cumprir meta”, disse o dono de um posto de gasolina que preferiu não se identificar.

Ele ainda disse que não se deixa levar pelo mercado, e que enquanto tiver como manter seu posto, não vai ceder à guerra da concorrência. “Não vou colocar meu negócio em risco por causa disso. Tenho certeza que muitos postos devem estar no prejuízo. E ficam assim só porque os outros estão vendendo mais barato”.

Essa é a hora para abastecer, frisou a gerente do posto Kátia Locatelli, na Avenida Ceará, Luciana Amado, 32 anos. Ela lembra que o consumidor é quem ganha nesta concorrência. “O posto só não está vendendo a preço de custo porque não pode. Temos que acompanhar o mercado, e temos que vender, é uma briga”.

Os preços estão tão baixos que Luciana diz que a gasolina está mais barata em Campo Grande do que em outras cidades de Mato Grosso do Sul. “Estamos vendendo gasolina mais barata que São Paulo”, disse.

O Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes) informou, por meio de assessoria de imprensa, que não se manifestará mais sobre preço de combustível, mas confirmou que a queda no valor do litro de gasolina é consequência da concorrência.

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