Importação de gás cresce 14% e balança comercial de MS segue negativa
A importação do gás natural boliviano segue em crescimento em Mato Grosso do Sul, e mantém desequilibrada a balança comercial regional. Mesmo com uma exportação de US$ 5,2 bilhões no ano passado, o peso da compra do gás no país vizinho foi o principal fator para uma importação US$ 399 milhões maior do que as exportações.
Em 2013, MS importou cerca de US$ 3,33 bilhões de gás natural boliviano, um aumento de 14% em relação aos US$ 2,92 bilhões do ano anterior. Sozinho, o produto representa 58,9% do montante total dos produtos comprados pelo Estado, que totalizaram US$ 5,6 bilhões.
Para se ter uma ideia da do peso do gás boliviano nas compras externas, o segundo item mais adquirido por MS foi o cobre refinado, que somou pouco mais de US$ 241 milhões ano passado.
Cerca de 80% do gás que chega ao Estado acaba indo para outras regiões, em especial São Paulo e o Sul do País. Mesmo assim, os valores despendidos na compra do produto na Bolívia entram na conta de importação apenas de Mato Grosso do Sul.
Impulsionada pela crise na agricultura dos Estados Unidos e pelos bons números da soja, as exportações do Estado cresceram 24,77% e bateram novo recorde, superando US$ 5,2 bilhões, no ano passado. O montante, porém, não foi suficiente para segurar a balança comercial regional.
Os principais produtos do mix sul-mato-grossense no comércio com outros países continuam sendo soja, celulose, açúcar, carne bovina, minério e milho. Já para as compras, o gás também continua na liderança.