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Economia

Ponte em MS é impulso à rota bioceânica, avaliam presidentes

Temer e o paraguaio Horacio Cartes se encontraram nesta segunda e, entre os assuntos tratados, esteve a ponte ligando os dois países

Nyelder Rodrigues | 21/08/2017 22:22
Ponte em MS é impulso à rota bioceânica, avaliam presidentes
Corredor envolve Brasil, Paraguai, Argentina e Chile (Fotos: Divulgação)
Corredor envolve Brasil, Paraguai, Argentina e Chile (Fotos: Divulgação)
Local onde, segundo o DNIT, foi definido para ser construída a ponte
Local onde, segundo o DNIT, foi definido para ser construída a ponte

A construção da ponte ligando a sul-mato-grossense Porto Murtinho - cidade localizada a 431 km de Campo Grande - à paraguaia Carmelo Peralta foi um dos temas tratados no encontro entre os presidentes do Brasil, Michel Temer (PMDB), e o paraguaio Horacio Cartes, em Brasília (DF), nesta segunda-feira (21).

Divididos pelo rio Paraguai, Brasil e Paraguai pretendem, com a ponte, impulsionar o corredor bioceânico, interligando Centro-Oeste brasileiro e norte do Paraguai - o país passa por recente aumento de produção de produtor agropecuários e crescimento considerável de exportações - aos portos no norte do chile.

O acordo para a construção foi assinado em junho do ano passado, porém, ainda não saiu do papel. Hoje, entre várias tratativas, como acordos jurídicos e de telecomunicações, Temer e Cartes prometerem intensificar os trabalhos para que a ponte internacional seja erguida com mais agilidade.

"Hoje, dezenas empresas brasileiras encontram no país vizinho um ambiente de negócio extremamente favorável para seus investimentos. O aumento do comércio bilateral não é fruto do acaso, é o resultado da correção de rumos, da dinamização de nossas economias", comenta o presidente brasileiro Michel Temer no evento.

Ele ainda completa que a parceria com o Paraguai faz o Brasil ir na contramão mundial, que adota tendência isolacionistas - como defende o recém eleito presidente dos EUA, Donald Trump, e a maioria que votou pela saída do Reino Unido da União Europeia. "Nossa resposta é cada vez mais integração", diz Temer.

Considerado ponto de partida para a rota bioceânica, a ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta deve custar R$ 60 milhões para os cofres do Governo Federal. Inicialmente, o projeto era para construir até 2021 a ponte.

Ficando realmente ativo, o corredor impactará diretamente na economia sul-mato-grossense, que passará a ser rota nacional terrestre para a exportação pelo Oceano Pacífico, encurtando caminhos para os países da Ásia, como a China, Japão e Índia, além de ser um atrativo a mais para investimentos privados no Estado.

O projeto de interligar via terrestre Mato Grosso do Sul ao Pacífico é antigo, já tendo várias possíveis rotas estudadas e apresentada, sendo que a mais recente e aplicada atualmente é a passa por Porto Murtinho, Mariscal Félix Estigarriba (Paraguai), norte da Argentina, até chegar aos portos de Iquique e Antofagasta, no Chile.

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