Regras para financiamento de imóveis pela Caixa mudam a partir de hoje
Valor mínimo de entrada e percentual financiável sofreram alterações
As regras para financiamento de imóveis pela Caixa Econômica Federal não serão mais as mesmas a partir de hoje (1º). As novidades são a exigência de uma entrada maior e a redução do percentual da compra que pode ser financiada e parcelada.
RESUMO
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A partir de 1º de hoje, as regras de financiamento de imóveis pela Caixa Econômica Federal foram alteradas, exigindo uma entrada maior e reduzindo o percentual financiável. No sistema de amortização constante (SAC), a entrada subiu de 20% para 30%, enquanto no sistema Price, aumentou de 30% para 50%. A cota máxima de financiamento também foi reduzida, passando de 80% para 70% no SAC e de 70% para 50% no Price. Essas mudanças visam controlar a carteira de crédito habitacional da Caixa, que já concedeu R$ 175 bilhões em financiamentos este ano, um aumento de 28,6% em relação ao ano anterior. As novas regras não se aplicam a unidades habitacionais de empreendimentos financiados com recursos do banco, que manterão as condições anteriores.
As duas principais formas de financiamento sofrerão alteração. Uma é a feita pelo SAC, o sistema de amortização constante, em que a prestação cai ao longo do tempo. Nesse caso, a entrada subirá de 20% para 30% do valor do imóvel.
Outra é pelo sistema Price, com parcelas fixas. O valor da entrada aumentará de 30% para 50%. A Caixa só vai liberar o crédito a quem não tiver outro financiamento habitacional ativo com o banco.
Em consequência, a cota máxima de financiamento cairá de 80% para 70% para amortização pela tabela SAC e de 70% para 50% pelo Price.
Além disso, o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) será limitado ao financiamento de até R$ 1,5 milhão.
Exceção - Segundo a Caixa, as mudanças se aplicam a financiamentos feitos a partir de hoje e não afetarão as unidades habitacionais de empreendimentos financiados com recursos do próprio banco. Quando for esse o caso, as condições antigas serão mantidas.
A instituição financeira concentra 70% do financiamento imobiliário brasileiro e 48,3% das contratações do SBPE, de acordo com a Agência Brasil.
Motivo - A Caixa justifica que as mudanças são necessárias porque sua carteira de crédito habitacional deve superar o orçamento aprovado para 2024. Até setembro, o banco havia concedido R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, que representa uma alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 627 mil financiamentos de imóveis, no total. No SBPE, o banco concedeu R$ 63,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano.
“A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado”, explicou o banco em nota oficial.
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