90% dizem que empresas não protegem crianças na internet
Levantamento do Datafolha com 2 mil pessoas revela que 97% pedem mais proteção online para os mais jovens
Nove em cada dez brasileiros acreditam que as empresas de redes sociais estão fazendo menos do que o suficiente para proteger crianças e adolescentes na internet. A conclusão é de uma pesquisa divulgada na quinta-feira (12) pelo Instituto Alana.
O levantamento, realizado pelo Datafolha entre 12 e 18 de julho com 2.009 pessoas com 16 anos ou mais de todas as classes sociais, revela que 97% dos entrevistados acham que as empresas deveriam adotar medidas mais rigorosas para garantir a segurança dos jovens online.
Entre as ações sugeridas estão: solicitar comprovação de identidade dos usuários, melhorar o atendimento ao consumidor para denúncias, proibir publicidade e venda direcionada a crianças, eliminar reprodução automática e rolagem infinita de vídeos, e limitar o tempo de uso dos serviços.
A pesquisa também revela uma percepção crítica em relação à legislação brasileira. Oito em cada dez brasileiros acreditam que a lei nacional protege menos as crianças e adolescentes em comparação com outros países. Além disso, sete em cada dez consideram que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) não tem sido eficaz no combate à publicidade infantil.
Segundo a pesquisa, 93% dos entrevistados acreditam que os jovens estão se tornando viciados em redes sociais; 92% acham que é muito difícil para eles se defenderem sozinhos de violências e conteúdos inadequados; 87% acreditam que a publicidade direcionada incentiva o consumo excessivo; e 86% concordam que os conteúdos mais acessados não são apropriados para a faixa etária.
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