Atleta que joga em MS é “cestinha” em Campeonato Brasileiro de Basquete 3x3
Jovem revelação de 2 metros de altura marcou 61 pontos em 5 jogos disputados na etapa nacional
O Campeonato Brasileiro de Basquete 3x3 Sub-18, encerrado na última sexta-feira (29) em São Paulo, revelou um talento promissor que chamou atenção por seu desempenho e por sua história. Mateus Ferreira, de 17 anos, natural de Sinop-MS e atualmente jogando em Campo Grande pelo time Basquete 67, foi o cestinha da competição, com 61 pontos em apenas cinco jogos.
RESUMO
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O Campeonato Brasileiro de Basquete 3x3 Sub-18, realizado em São Paulo, destacou o jovem Mateus Ferreira, de 17 anos, que foi o cestinha da competição com 61 pontos em cinco jogos. Representando sua cidade natal, Sinop-MS, e jogando pelo Basquete 67, Mateus e sua equipe enfrentaram desafios significativos, incluindo a falta de apoio da prefeitura e a necessidade de buscar ajuda de amigos para participar do torneio. Apesar das adversidades e das expectativas baixas sobre seu time, composto por jogadores mais baixos, eles conseguiram chegar à final, onde conquistaram o vice-campeonato. O sucesso de Mateus foi atribuído não apenas à sua habilidade, mas também à confiança e à colaboração de seus companheiros de equipe, que entenderam a importância de jogar em conjunto para alcançar resultados positivos.
Representando sua cidade natal, Mateus e sua equipe, formada por Jhonatan, Murilo e outro Matheus, superaram grandes desafios para chegar às finais, realizadas na arena NBA Store do Shopping Morumbi Town. O grupo conquistou o vice-campeonato, perdendo a final para um time de Santa Catarina.
O caminho para a disputa começou foi aos trancos e barrancos. "A história desse time é coisa de louco. Eu sou de Sinop, e montei o time praticamente do zero. Nós ganhamos todas as etapas estaduais e regionais no Mato Grosso. Na etapa Centro-Oeste, em Cuiabá, fomos apenas com três atletas porque um dos nossos jogadores não conseguiu liberação do trabalho. Ninguém acreditava na gente, mas mesmo assim, fomos campeões", contou Mateus.
Mesmo com a vitória na etapa regional, chegar ao torneio nacional exigiu ainda mais esforço. “A prefeitura não quis ajudar em nada. Tivemos que buscar apoio de amigos. Um conhecido meu, que também ia competir na categoria adulto, nos ajudou e conseguimos viajar. Quando chegamos lá, novamente, ninguém dava nada por nós. Era um time com três jogadores baixos e eu, o único mais alto, mas ainda assim abaixo de muitos adversários. O pessoal olhava e pensava: ‘Esses caras não vão longe’. Só que fomos lá, jogamos e chegamos na final com muito esforço”, disse o jovem, que mede 2 metros de altura.
O desempenho de Mateus como cestinha – maior pontuador de uma competição – foi fruto não apenas de sua habilidade, mas também da confiança e da humildade de seus companheiros. “Os dois meninos do meu time que vieram do Mato Grosso não têm um ataque muito forte. Eles entenderam que, se um deles não ataca bem e eu ataco, o melhor seria me servir. Eles confiavam em mim, pegavam a bola e passavam para eu finalizar. E é nesse sentido que a gente acaba pegando o cestinha. Porque o time confia em você, você vai lá e faz”, explicou.
Essa dinâmica foi decisiva para que Mateus se destacasse também na etapa regional, onde registrou a mesma marca de 61 pontos em cinco jogos. “Na etapa regional, eu também peguei 'cestinha' e fiz a mesma quantidade: 61 pontos em 5 jogos”, ressaltou.
O torneio, que reuniu 77 equipes de 17 estados em suas etapas regionais e na final nacional, marcou o encerramento do circuito brasileiro de Basquete 3x3 em 2024. Inspirado no basquete de rua, a modalidade tem regras simples e partidas rápidas, realizadas em meia quadra com dois times de quatro jogadores (três titulares e um reserva). A modalidade foi incluída nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que já vinha crescendo desde sua estreia internacional em 2010, nos Jogos Olímpicos da Juventude.
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