Com competidor de 1 ano, prova "vaca parada" movimenta disputas no CLC
Competição deste sábado (15) contou com 30 participantes e é uma das provas do Brasileirão de Laço Comprido
Com 30 participantes entre 1 a 12 anos, a prova "vaca parada" movimentou as primeiras horas de competições desde sábado (15) do Brasileirão de Laço Comprido 2024. A modalidade esportiva é considerada a ‘porta de entrada’ para competições tradicionais, como o ‘Brasileirão de Laço Comprido’.
No CLC (Circuito do Laço Comprido), a disputa da modalidade infantil começou por volta das 9h40, mas uma hora antes as crianças já estavam treinando no cavalete em formato de vaca. Enquanto isso, pais e mães realizavam a inscrição.
Pela primeira vez, Aquino Luna, de 4 anos, participa da prova com a torcida da mãe, Glades das Chagas, de 42 anos. Recepcionista, ela fala que o próprio filho pediu para competir. “Ele viu a prova e falou que queria laçar, então vim inscrever porque tem professor. Eu gosto também porque trabalho com leilão, então tá um pouquinho no sangue dele", conta.
Organizadora do evento e responsável pela prova, Suelen Rocha, de 34 anos, explica que a intenção dessa modalidade é incentivar as crianças e garantir novos talentos para a continuidade da tradição. Hoje, Suelen estava na organização e na torcida pelos filhos João Henrique, de 8 anos, e Helena Regina, de 3 anos.
“Aqui a gente sempre fala que é o futuro do laço comprido e a prova para as crianças é justamente para estimular. Aqui é a porta de entrada, depois vai para a pista, vai competir, ganhar carro e moto”, afirma.
Além de ser a introdução no esporte, a ‘Vaca Parada’ é uma alternativa para as crianças que ainda estão inseguras de competir na pista. "Às vezes a criança está bem no laço, ela está conseguindo até ensinar o colega, mas não está ainda confiante 100% no cavalo. Então aqui o primeiro treino”, completa a organizadora.
Com premiação para o 1º, 2º e 3º lugar, a competição é realizada em três etapas onde as crianças têm o mesmo número de tentativas para laçar o cavalete. Em cada rodada, os competidores vão somando pontos até a classificação dos três primeiros. Os competidores masculinos e femininos são divididos em categorias por idade, sendo de 0 a 7 anos e 8 a 12 anos. No CLC, o competidor mais novo desse sábado era João Neto, de 1 ano.
Ana Paula Ramos, de 35 anos relata que levou o filho para participar, pois o marido e o filho de 15 anos já competem em outras modalidades. “Eu já tenho dois que laçam e ele (João Neto) a gente leva para não ter vergonha. Eu e meu marido gostamos, a gente é de Santa Catarina e viemos para laçar aqui”, conta.
A tradição passada de pais para filhos também ocorre com Janes Bernardino Honório Lyrio, de 53 anos. O médico veterinário e a esposa Lívia estavam acompanhando os filhos Bernardo, de 9 anos, e Benício, de 15 anos, que estão inscritos. O menor era um dos 30 competidores da ‘vaca parada’.
A participação dos filhos no esporte, conforme Janes, é algo que ele e a esposa sempre incentivam. “A família toda compete. Nós temos que incentivar porque no futuro o que nós queremos é que eles estejam juntos no dia a dia no campo. O esporte de laço comprido é o nosso dia a dia e isso aí foi do meu avô, pra minha mãe, pro meu pai”, destaca.
2ª etapa do CRT segue neste sábado com o circuito de rodeio em touros e baile com modão a partir das 20h. No domingo (16) ocorre as finais do brasileirão a partir das 5h.
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