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Esportes

Governo assina termo de cooperação e anuncia reabertura do Morenão

Nyelder Rodrigues e Amanda Bogo | 27/10/2016 19:14
Governo e dirigentes de clubes e federação participaram do evento (Foto: Amanda Bogo)
Governo e dirigentes de clubes e federação participaram do evento (Foto: Amanda Bogo)

Foi assinado nesta quinta-feira (27) o termo de cooperação entre o Governo do Estado e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) que vai permitir a realização imediata de obras no local e a reabertura do estádio até dezembro, permitindo assim que ele seja utilizado durante o Campeonato Estadual de 2017.

Inicialmente, serão destinados R$ 150 mil para as obras, que devem ficar prontos até dezembro. "A pretensão é liberar o local até 3 de dezembro, trazendo um grande espetáculo para cá, talvez um jogo da Seleção Sub-20 com um grande clube do Estado", comenta o presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário.

A FFMS também participa do acordo pois irá repassar o valor de R$ 150 mil, referentes aos direitos de transmissão do Estadual em 2017, pagos pela TV Morena - a Federação recebe o dinheiro porque é quem intermedeia o contrato coletivo entre TV e clubes em Mato Grosso do Sul.

Entretanto, no início de 2017, quando é feito o convênio entre clubes e Fundesporte (Fundação de Esporte e Lazer), além do valor regularmente repassado aos clubes da Série A para pagamento de hospedagem e alimentação - em 2016 foi de R$ 620 mil para cada um -, o Governo do Estado deve fazer a devolução dos R$ 150 mil aos clubes, neste mesmo convênio.

O contrato de direitos de transmissão de 2017 será o primeiro a envolver pagamento aos clubes. Porém, o acerto para o ano que vem ainda não foi assinado, já que os clubes pleiteiam a retirada dos direitos de rádio exclusivos. Alguns dirigentes também querem aumento no valor repassado - pedem R$ 200 mil, a ser dividido entre todos.

"A primeira etapa está resolvida, mas mais do que isso, vai seguir adiante, pois pretendemos fazer um outro termo de cooperação entre Governo e UFMS para que possamos utilizar o Morenão para todo o esporte, cultura e lazer do Estado. Agora foi feito uma liberação emergencial, mas temos outras demandas para resolver", comenta o governador Reinaldo Azambuja.

O chefe do Executivo estadual também frisa que apesar das dificuldades financeiras, o investimento realizado vale a pena e irá contemplar toda a população. "Somos parceiros da UFMS desde ano passado, e estamos discutindo a situação, consolidada agora", destaca Reinaldo durante a assinatura do termo.

Jogos nacionais - O governador também se mostra confiante quanto a abertura total do estádio, podendo assim receber partidas da Série A do Brasileirão e outras competições nacionais de peso. No primeiro instante, serão liberados apenas quatro mil cadeiras e 10 lugares no setor conhecido como arquibancada coberta.

"Queremos resolver isso o quanto antes para usar na totalidade o estádio. Assim, todo o Mato Grosso do Sul pode esperar jogos nacionais aqui no segundo semestre. Confio no Walter [Feldman, secretário-geral da CBF e articular nacional do PSB] e ele tem total interesse em eventos aqui, o nosso Estado é ávido por esporte", frisa Reinaldo.

Já Cezário explica que após o término das obras, será necessário aprovação das entidades de segurança com laudos técnicos. "Um dirigente da FFMS vai acompanhar diariamente o que está sendo feito no Morenão", comenta. "Essa é a união da família futebol, trabalho das pessoas que sonham em reabrir o Morenão", acrescenta.

O diretor-presidente da Fundesporte, Marcelo Miranda, conta que logo que assumiu o cargo, em janeiro de 2015, a fundação fez um diagnóstico da situação esportiva do Estado, analisando que entre os principais problemas estava o fechamento do Morenão para o futebol profissional.

"Acompanhei a luta e dificuldade de tocar os clubes aqui. Futebol não anda sem estrutura e público adequado e essa reabertura é uma revindicação antiga dos clubes, mesmo que parcial. Para concretizar a abertura total, a proposta de concessão do local para o Governo já está em analisa na PGE e a Agesul agora estuda viabilidade da obra", revela Miranda.

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