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Deputado de MS é acusado de fazer apologia ao nazismo

Anahi Zurutuza, Gabriela Couto, Jéssica Benitez e Maristela Brunetto | 08/03/2023 06:00
João Henrique Catan (PL) com a "bíblia" do nazismo na mão durante sessão. (Foto: Reprodução)
João Henrique Catan (PL) com a "bíblia" do nazismo na mão durante sessão. (Foto: Reprodução)

O tiro – Tentando chamar a atenção dos parlamentares para votar a favor do requerimento para pedir transparência da lista de comissionados do Governo de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual João Henrique Catan (PL), levou para o plenário cópia do livro escrito por Adolf Hitler, o “Mein Kampf”, “A minha luta” em português. Para convencer os colegas a apoiá-lo, Catan mencionou que uma das estratégias de Hitler foi justamente acabar com o parlamento. “É com a apresentação desse livro que peço para que esse parlamento se fortaleça, se reconstrua, se reorganize nos rumos do que foi o parlamento europeu da Alemanha e que serviu de inspiração para nós estarmos aqui hoje”.

Pela culatra – Pegou mal. Ao invés de usar, por exemplo, referências nacionais, como os ícones Ulysses Guimarães e Ruy Barbosa, que também escreveram sobre o respeito ao parlamento, o deputado preferiu polemizar e acabou acusado de fazer apologia ao nazismo. A situação virou matéria nos principais sites nacionais.

Perdido – Depois de um mês já como deputado estadual, Rafael Tavares (PRTB) ainda se mostra perdido durante as sessões, sem saber regras básicas do regimento interno. Ao pedir para falar com "questão de ordem", ele levou uma chamada de atenção do presidente da Mesa Diretora, Gerson Claro (PP). “Deputado o senhor tem que saber o que quer? O senhor pediu para discutir, é para ocupar a tribuna. ‘Pela ordem’, é para dizer que tem alguma questão errada no microfone, no plenário. Aprende. Você é novo. Eu também demorei pra saber”.

Tensão – Os ânimos ficaram exaltados durante sessão na Câmara Municipal de Campo Grande nesta terça-feira (7). Ao ultrapassar o tempo de fala e incitar moradores da área que era de propriedade da Homex a fazer barulho, o vereador Ademar Vieira Júnior, Coringa (PSD), acabou levando uma bronca do presidente da Casa, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB).

Puxão de orelha – Conhecido pelo tom mais incisivo, Carlão pediu repetidas vezes que Coringa finalizasse a fala e diante da insistência do colega em seguir falando, acabou gritando e cortando o microfone para que o silêncio fosse feito.

Clima – Após o episódio, o clima ficou pesado e Carlão explicou aos presentes que estava muito feliz em colocar em votação projeto que, dali a pouco, liberaria a Prefeitura para legalizar os moradores da área. No entanto, precisava seguir o regimento interno que impede manifestação barulhenta por parte dos expectadores.

Pazes – Pouco depois, já com sessão em outro momento, Carlão pediu desculpas a Coringa que respondeu: “Tudo bem, você nunca vai deixar de ser meu líder”. De qualquer forma, não continuou a fala que fazia quando levou o “pito”.

Não vai ter golpe! – Carlão também fez questão de rebater “matérias” que supostamente apontam articulação de golpe para cassar a prefeita Adriane Lopes (Patriota). “Isso é caso de polícia e eu vou registrar boletim de ocorrência”, avisou ao falar que tudo não passa de fake news. “Quem quiser se tornar prefeito vai ter que ganhar no voto, nesta Casa não haverá golpe”, finalizou.

Acostamento pago – O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) vai avaliar se é constitucional cobrança da chamada “tarifa de acostamento” das empresas de ônibus no Terminal Rodoviário de Campo Grande. A administradora da rodoviária entrou com ação de cobrança contra empresas e obteve vitória. Vencidas, estas alegaram em recurso que a exigência é inconstitucional porque foi reiteradamente recriada por decreto, em vez de lei. Como analisar inconstitucionalidade cabe ao Órgão Especial do TJMS, a 4ª Turma Cível encaminhou o assunto para lá.

Salários – Também foi para o Órgão Especial, a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) apresentada pelo Sindicato dos Servidores Municipais contra a Prefeitura e a Câmara da Capital em função da lei que reajusta os salários para o cargo de prefeito e do primeiro escalão, votada e sancionada recentemente. Foi sorteado como relator o desembargador relator Vilson Berteli.

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