Ex-advogado de serial killer é alvo de b.os de 3 delegados
Treta na delegacia – O advogado Jean Cabreira, que comunicou à Justiça na semana passada ter desistido de defender o serial killer Cleber de Souza Carvalho, o “Pedreiro Assassino”, protagonizou confusão na Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) durante flagrante de cliente por tráfico. Ao chegar na unidade policial, na quarta-feira à noite, chamou os policiais de “malandrinho”, acusando-os de terem feito interrogatório sem a presença dele.
Boletim - A acusação acabou se transformando em boletim de ocorrência, já que, indagado pelo delegado que estava no lugar, o defensor repetiu a versão. Foi lavrado, então, um boletim por desacato a autoridade. A comitiva de prerrogativas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) foi informada da situação.
Reincidente – Não é a primeira vez que isso ocorre com Jean Cabreira. Três meses atrás, ele entrou em atrito com equipe no Cepol (Centro de Polícia Especializada), no Bairro Tiradentes. Na época, também foi lavrado boletim de ocorrência.
Mais um – Cabreira também é alvo de um terceiro outro registro policial. Há um mês, o delegado Carlos Delano, responsável pelos inquéritos envolvendo o “Pedreiro Assassino” registrou ocorrência contra ele. Neste caso, por calúnia, crime com pena prevista entre seis meses e dois anos, ampliada em um terço quando se trata de funcionário público em razão das funções.
A razão – A calúnia, segundo consta do registro, ocorreu em processo judicial. Cleber acusou a autoridade policial de vazar informações sobre o caso. Tentou, inclusive, anulação de procedimentos da Polícia Civil. Perdeu em primeiro e segundo grau, pois o entendimento foi de que o caso é público e é direito da sociedade ter informações dos crimes. Chegou a ser dito que o próprio advogado deu entrevista na delegacia e poderia ter repassado os dados que ele mesmo questiona.
Troca - Exatos quatro meses depois de assumir o cargo de delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Superintendência Regional da PF (Polícia Federal) em Mato Grosso do Sul, o delegado Antônio Carlos Knoll de Carvalho deixou oficialmente a função.
Novo chefe -A mudança acontece 21 dias da nomeação de Marcelo Correia Botelho para a superintendência da PF no Estado. Botelho entrou em substituição a Cleo Mazzotti, que estava no cargo desde março de 2019.
Normal - A assessoria de imprensa da PF afirma que Knoll foi removido para atuar em Goiânia (GO), sendo mudança regular. No lugar dele, assume a delegacia Leonardo Nogueira Rafaini, que já atuou em Ponta Porã. Pela PF em MS, Knoll já havia atuado em anos anteriores na investigação da Operação Lama Asfáltica, de desvio de recursos públicos e a Operação Nepsis, que apurou participação de policiais civis no contrabando de cigarros.
Já trabalhavam– Embora tenham sido oficializadas agora as nomeações, as alterações já estavam em prática. Botelho já atuava em Campo Grande há mais de mês e Rafaini há cerca de duas semanas. Foi ele, por exemplo, que falou pela corporação sobre a investigação da origem de queimadas no Pantanal.
Trâmites – A força-tarefa da Polícia Civil que está lacrando as bancas do jogo do bicho em Campo Grande vai finalizar o trabalho e fazer uma relação dos endereços onde o negócio ilegal está atuando, em calçadas e estabelecimentos comerciais. Depois, vai enviar para a prefeitura de Campo Grande e pedir explicações sobre autorização para o uso do espaço público e sobre alvarás concedidos para os estabelecimentos em questão.
No aguardo – O prefeito Marquinhos Trad (PSD) só quer decidir sobre retorno às aulas para a totalidade dos alunos no fim do mês. Disse que vai esperar o dia 28, a próxima segunda-feira, quando é feita a reunião semanal de análise dos números da pandemia de covid-19 para tratar de uma eventual volta dos alunos às salas de aula.