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Ex-governador ainda não engoliu cassação

Edivaldo Bitencourt | 18/03/2014 06:00

Revolta – O ex-governador e vereador Zeca do PT ainda não engoliu a cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Ontem, durante reunião no escritório do senador Delcídio do Amaral (PT), o petista chegou esbravejando contra a decisão da Câmara Municipal, que classificou como “estupro”.

Independente – Ainda abalada pela derrota no legislativo, já que votou unida contra a cassação, a bancada petista baixou o tom em relação ao novo prefeito. No entanto, os petistas já decidiram que não serão oposição. “Apoiamos os dois”, afirmou o presidente municipal, Gildo de Oliveira.

Enfim – O prefeito Gilmar Olarte decidiu não deixar nenhum cargo desocupado. Ele já acertou a indicação da pedagoga Marineuza do Nasicmento para a Secretaria da Juventude. A pasta ficou vaga durante todo o mandato de Bernal, apesar do projeto ter sido aprovado em regime de urgência.

Em alta – Nelson Trad Filho (PMDB) está em alta na nova administração. Quatro integrantes da sua gestão voltam ao primeiro escalão na nova administração: Rudel Trindade (Agência de Regulação), Edil Albubquerque (Secretaria de Desenvolvimento), Marta Martinez (Agência de Habitação) e Marcos Cristaldo (Planurb).

Agilidade – Bernal levou uma eternidade para compor todo o secretariado e ainda foi cassado sem indicar o titular de uma pasta. Gilmar Olarte teve agilidade na definição da equipe e ainda não deve deixar nenhum cargo vago quando completar 10 dias no comando do município.

Dúvida da vez – Após a cassação de Bernal, a classe política se volta para o governador André Puccinelli (PMDB). A dúvida de todos só deve acabar no dia 5 de abril, quando ele decide se continua no cargo ou disputa o Senado.

Efeito dominó – A decisão do governador terá um efeito dominó nas eleições deste ano. A primeira mudança será na chapa do PMDB, que pode trocar a candidatura de Simone Tebet pela de Puccinelli. A segunda, será no comando do PMDB, com a ascensão da vice-governadora ao comando do Executivo.

PSDB – A terceira mudança pode ser nas pretensões do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele pode ir para o embate na disputa do cargo de governador com o senador Delcídio do Amaral (PT), com quem vem negociando composição na chapa majoritária.

PT – O PT decidiu, ontem, descartar a aliança com o PMDB em Mato Grosso do Sul. O Estado será mais onde a aliança entre os dois partidos não será possível. Por enquanto, os petistas só devem retribuir o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em três estados. Em 2010, foram sete estados.

Dobrar – Para deixar claro a diferença para o prefeito cassado, Gilmar Olarte deverá dobrar o número de frentes de trabalho para recuperar a cidade. O objetivo é acabar com o matagal e os buracos nos próximos dias.

(colaboraram Kleber Clajus e Filipe Prado)

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