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Jogo Aberto

Há 20 anos, Cezário revelou ligações escusas no futebol

Por Gabriel Neris, Anahi Zurutuza e Caroline Maldonado | 03/06/2024 06:00

Dando explicações – Eram os anos 2000 e Francisco Cezário de Oliveira, preso aos 77 anos acusado de corrupção, que já havia comandado o futebol sul-mato-grossense por sete anos – entre 1983 e 1989 –, e estava de volta à Presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, desde 1998. O dirigente fora convocado para depor na CPI da Nike, na Câmara dos Deputados, que apontou ligação estreita da Confederação Brasileira de Futebol com a política, patrocinando inclusive campanhas eleitorais em cidades pequenas, desde que os políticos envolvidos estivessem ligados ao esporte. Cezário havia sido eleito prefeito de Rio Negro, com suposta “ajuda” da CBF.

Depoimento revelador – Para os deputados que o interrogaram, o “dono da bola” em MS disse se orgulhar da ligação que tinha com o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. “Eu tenho o orgulho de dizer que eu fui um dos responsáveis de lançar o Dr. Ricardo Teixeira como candidato a presidente da CBF. Confesso a V.Exa. que eu nunca recebi nenhum tipo de dinheiro pra que desse ao Dr. Ricardo Teixeira o meu apoio político. (...) Eu votei na eleição do dr. Ricardo Teixeira e não recebi nada”.

Diga-me com quem andas... – Ex-genro de João Havelange, Teixeira, assim como Cezário, também ficou conhecido pela perenidade no comando dos gramados brasileiros. Renunciou à Presidência da CBF, em 2012, anos depois de enfrentar CPI da Nike e outros inúmeros escândalos durante seus cinco mandatos consecutivos. Em 29 de novembro de 2019 a Fifa anunciou seu banimento perpétuo do dirigente das atividades ligadas ao futebol, após julgamento das acusações de propina durante a preparação do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014.

Zero a zero – Apesar de ter feito revelações, a CPI não teve resultado prático. Conforme registrou a Revista Época, a comissão teve 237 horas e 16 minutos de reuniões na Câmara dos Deputados, com 125 depoentes, entre eles o próximo Ricardo Teixeira, então presidente da CBF; Mario Jorge Lobo Zagallo, ex-técnico da Seleção; Ronaldo, ainda então atacante da equipe do Brasil. Da investigação, contudo, conforme avaliou a imprensa esportiva nacional, não saiu a prometida reforma na gestão futebol. Relatório concluído em junho de 2001 sequer foi levado à votação.

Melquior Luiz Battisti, ex-presidente do Costa Rica, e Estevão Petrallás (Foto: Divulgação)
Melquior Luiz Battisti, ex-presidente do Costa Rica, e Estevão Petrallás (Foto: Divulgação)

Realidade nua e crua – No primeiro compromisso como interventor na presidência da federação, Estevão Petrallás viu de perto a realidade do nosso futebol e que o trabalho de reconstrução, após quase 30 anos da “era Cezário”, não será fácil. O Costa Rica recebeu o Santo André e foi simplesmente massacrado pelo Santo André pelo Campeonato Brasileiro da quarta divisão. Somente no primeiro tempo de jogo foram quatro gols. Todos do Santo André. O placar terminou em 5 a 2 para o time paulista.

Participação especial – Neste ano, a prefeita Adriane Lopes (PP) fez questão de acompanhar a confecção do tapete de Corpus Christi, tradição da Igreja Católica. De tênis para caminhar bastante, ela conversou com padres e tirou fotos com os fiéis. No Instagram, ela classificou a festa religiosa como “expressão cultural e de fé” exibindo imagens até de drone e conversas que mostraram a popularidade entre os fiéis. Aplaudida, a prefeita recebeu agradecimentos por ser “patrocinadora” do evento.

Ataques – Redes sociais dos pré-candidatos à Prefeitura da Capital, o deputado Humberto Pereira, o “Beto” (PSDB), e Rose Modesto (União Brasil), foram alvo de ataques de robôs e geradores de fake news. No Instagram, o deputado avisou que já sabe quem são os criminosos, comunicou às plataformas e acionou a Justiça, mas não revelou quem seriam os responsáveis.

Vetado – O vereador Ronilço Cruz (Podemos), o "Guerreiro", quer que a Prefeitura da Capital tenha um serviço de recebimento de denúncias de violações de direitos dos idosos via telefone ou Internet, mas o projeto de lei foi vetado pela Administração. Para a PGM (Procuradoria-Geral do Município) não é competência do Legislativo fazer leis desse tipo e o serviço criaria despesas. A procuradoria informou que o parlamentar não apontou no projeto de onde viria o dinheiro para manter o pessoal que faria isso sem desequilibrar as contas da prefeitura. Na terça-feira (4), no entanto, os vereadores votarão para manter ou derrubar o veto. Se derrubado o veto, o projeto se torna lei.

É na sola da bota – Junho começou e a Prefeitura de Campo Grande já está utilizando as redes sociais para chamar a população para o Arraial de Santo Antônio na Praça do Rádio, no Centro. Nos comentários, internautas têm cobrado que o evento deveria ser na Praça do Papa, no Bairro Santo Amaro, por ter mais espaço, mas a prefeitura tem respondido que pela localização a Praça do Rádio atende todas as regiões da cidade.

Camionete ocupa mais de uma vaga em estacionamento de mercado (Foto: Direto das Ruas)
Camionete ocupa mais de uma vaga em estacionamento de mercado (Foto: Direto das Ruas)

Afronta – Não deveria, mas é uma cena comum e sempre causa indignação. Um cliente flagrou e fez questão de registrar uma caminhonete estacionada em duas vagas em supermercado da Capital na noite de sábado (1º). Ele diz que o condutor só pode ser “órfão de pai e mãe” e “sem habilitação”. “Só em Campo Grande mesmo”, rotulou o cliente do mercado sobre a infração que pode gerar multa de R$ 293,47.

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