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Prisão de Fahd reuniu advogados da Lava Jato e Lama Asfáltica

Marta Ferreira | 20/04/2021 06:00
Anoitecer na rua onde fica o Garras, com movimento de um dia normal. (Foto: Kísie Ainoã)
Anoitecer na rua onde fica o Garras, com movimento de um dia normal. (Foto: Kísie Ainoã)

Causídicos – O time de advogados que negociou a apresentação de Fahd Jamil à Polícia Civil, depois de 10 meses como foragido, é de profissionais conhecidos por atuarem em operações de grande porte, nacionais e estaduais. Vindo de São Paulo, Gustavo Badaró atuou defendendo clientes da Operação Lava Jato, entre eles executivos da Odebecrecht. Professor da Universidade de São Paulo, é um dos críticos de aspectos da operação que tornou famoso o ex-juiz Sérgio Moro.

Regional - De Mato Grosso do Sul, André Borges teve clientes em várias investigações de peso, entre elas a Lama Asfáltica, que apurou desvios de dinheiro em obras públicas. Conforme a coluna apurou, foi uma dobradinha. Borges fez os tramites locais e Badaró veio para o “final”, ou seja, o dia histórico da prisão do “Rei da Fronteira”.

Expectativa – Há quase dois anos dedicados à operação Omertà, que levou “Fuad” Jamil à prisão, integrantes da força-tarefa responsável pelos trabalhos, estão confiantes de que o acusado não será beneficiado com a prisão domiciliar. A defesa do homem de 79 anos tenta emplacar a tese de que a saúde dele não permite ficar encarcerado.

 “Não pode ser” -  Entre eles, o pensamento é de que, depois de tanto esforço para colocar o investigado atrás das grades, é preciso “coragem” para uma decisão de prisão domiciliar. Vale lembrar que Jamil Name, compadre de Fuad,  segue em presídio federal, aos 80 anos, e as tentativas de libertá-lo têm se mostrado infrutíferas em todas as esferas judiciais.

Tranquilidade – No fim da tarde de ontem, nem parecia que no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) estava o homem que já foi tido como um dos mais poderosos sul-mato-grossenses. A Rua Barão de Ubá, no meio da manhã, ficou tomada de policiais e até fechada em um trecho, para evitar a entrada de estranhos no pátio, entre eles jornalistas, quando o sol estava se pondo, era calmaria, com vizinhos fazendo a caminhada rotineira na praça perto do local.

Encomenda – O delegado Fabio Peró, titular do Garras, teve dia cheio, mas sobrou um tempinho para tarefa prosaica. Saiu rapidamente para buscar uma entrega, e logo foi “atacado” pelos repórteres à procura de informação sobre o preso famoso.

Quem matou Anderci?- Perto do primeiro mês da morte da professora Anderci da Silva, de 44 anos, começou a circular nas redes sociais campanha cobrando investigação do assassinato. Um mês antes, em fevereiro, ela foi abandonada pelo namorado, de 26 anos, na porta do hospital com um tiro nas costas.

Não foi - O homem, de 26 anos, foi ouvido em 9 de março, e alegou que Anderci foi ferida quando ambos faziam um assalto para pagar dívidas de droga. Nesse dia, entregou o carro dela, um Voyage, à Polícia Civil. Depois da morte, seria chamado a depor novamente, mas não compareceu, conforme a última informação obtida.

Urna – A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, é cotada na lista dos titulares de pasta do governo Bolsonaro que podem deixar os cargos para disputar as eleições em 2022. Ela está licenciada do cargo de deputada federal pelo DEM.

Ilha – A área de Tereza, inclusive, tem sido um lugar confortável no governo em ano de crise. Basta lembrar que a agropecuária, em tempos de dólar lá em cima, não tem enfrentando prejuízos financeiros, ao contrário.

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