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Rumo a 2024, Beto Pereira cola em Eduardo Riedel

Anahi Zurutuza, Gabriela Couto e Jackeline Oliveira | 22/07/2023 07:00
Eduardo Riedel e Beto Pereira lado a lado durante evento no Mercadão Municipal (Foto: Juliano Almeida)
Eduardo Riedel e Beto Pereira lado a lado durante evento no Mercadão Municipal (Foto: Juliano Almeida)

Lado a lado - Desde que o presidente nacional do PSDB, governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou a pré-candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira a prefeito de Campo Grande, o parlamentar é visto em agendas oficiais, sempre ao lado do governador Eduardo Riedel. Os tucanos aproveitam a boa aprovação do mandato de Riedel para colar a imagem de Beto como continuidade do projeto, caso assuma o comando da Capital.

Barbie em alta - E a boa relação não ocorre apenas entre os homens. As esposas de Riedel e de Beto, Mônica e Sonaira Barbosa, respectivamente, passaram boa parte de evento realizado no Mercadão Municipal em conversas, aparentemente, descontraídas. Um dos temas foi o filme Barbie, que encantou Mônica Riedel. Ela não perdeu a estreia e gostou, assim como críticos de cinema que têm falado muito bem do longa.

Sogra em casa - O Gaeco esteve novamente em Sidrolândia ontem (21) e saiu com um servidor municipal e dois empresários presos de lá, suspeitos de corrupção. A prefeita, Vanda Camilo (PP), foi orientada a não aparecer na prefeitura, só por precaução. Desse jeito, também não pode ser questionada pela imprensa sobre as denúncias que envolvem licitações. O endereço seguro dela agora é a casa do genro, em Campo Grande. Pelo telefone, Vanda também não atendeu jornalistas.

Reestruturação - O senador Nelsinho Trad (PSD) afirmou que não irá deixar o partido tão cedo. A missão será reestruturar o PSD e acompanhar as decisões da legenda para as eleições municipais de 2024. "Eu recebo convite de outros partidos quase todos os dias. É normal senador com mandato receber. Mas não saio do PSD".

Sem chance mesmo - O sonho de ocupar uma das vagas de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado chegará ao fim para o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) nas próximas 48 horas. O tucano completará 66 anos nesta segunda-feira (24). Com a nova idade, não se enquadra na legislação do órgão para assumir uma das cadeiras.

Elogios e silêncio – Os três dias do “maior júri da história de Mato Grosso do Sul”, como definiu o promotor Moisés Casarotto, continuam a render bastidores. Após a condenação de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Daniel Olmedo, a Adepol-MS (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Mato Grosso do Sul) prestou homenagem pública aos delegados envolvidos nas investigações. “Inquérito policial não se trata de uma mera peça informativa dispensável”. A Associação Sul-Mato-Grossense de Membros do Ministério Público fez o mesmo. O Tribunal de Justiça e o MP também divulgaram o resultado do júri. Só a Polícia Civil ficou em silêncio.

Informante – Outro detalhe que havia passado e “apareceu” na ata do júri popular, é que Eliane Benitez Batalha, convocada para depor em favor do marido, Marcelo Rios, sobre suposta tortura que sofreu em delegacia para prestar o primeiro depoimento, revelador para a Operação Omertà, foi ouvida apenas na condição de informante – ou seja, sem o compromisso de “falar a verdade, somente a verdade”. Ela havia sido convocada também como testemunha de defesa de Name Filho, mas advogados desistiram da inquirição durante o julgamento. Neste último caso, Eliane teria de fazer o juramento de não mentir no Tribunal.

Ironia do destino – No saguão do Tribunal do Júri, detalhe irônico só foi percebido durante as quase 2 horas de espera para a leitura da sentença. Na Galeria de Homenagens está a foto de Renê Siufi, criminalista renomado que advogou para Jamil Name, após a “queda” do empresário pela Omertà. Ele foi o primeiro a ser chamado à casa dos Name no dia que a operação foi até condomínio de luxo no São Bento para prendê-lo, em setembro de 2019. O “Velho”, como era chamado, morreu antes de precisar ser defendido no júri popular.

Não teve – Para um julgamento tão tenso, a avaliação foi de que os trabalhos aconteceram com mais tranquilidade que o esperado. A ata do júri também registra passos de praxe que não aconteceram – como acareações, reconhecimento de pessoas e coisas, esclarecimentos de peritos e reinquirições de testemunhas –, e poderiam exaltar os ânimos.

Entre família – Ainda sobre o dia do julgamento, inimigos da família Name continuam falando de “regalias” ao réu Jamil Filho. Uma delas foi o direito a receber visita da família. Quando iniciou os debates entre a promotoria e a defesa, na quarta-feira, só Jamilzinho não estava no plenário. Em sala do Fórum, ele teve 40 minutos para falar com os filhos, a ex-esposa e a mãe, Tereza Name, que mesmo após AVC deu um jeito de aparecer por lá. Já publicamente, as únicas pessoas ligadas ao réu vistas na plateia eram a ex-sogra e um segurança conhecido como "Turco".

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