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Temer oscilou sobre decisão de vir para agenda em MS

Marta Ferreira | 20/10/2017 06:00

Às pressas – A vinda do presidente Michel Temer para Mato Grosso do Sul neste sábado foi confirmada em cima da hora. A coluna apurou que tudo indicava que o chefe do Executivo não participaria do evento para reafirmar compromissos de políticas públicas para o Pantanal.

Vem, gente! – Diante da decisão, o staff do Planalto fez uma correria para assegurar que o evento tivesse adesão de autoridades e de gente representativa do setor produtivo. A equipe precursora, por exemplo, só chegou ontem e isso normalmente costuma ocorrer com mais antecedência nas viagens presidenciais.

Sem previsão – Outra indicação é que, diferente da primeira vez em que a chamada Carta de Caiman foi assinada, com a presença do governador dos dois estados onde está o Pantanal, até ontem não havia previsão de vinda de Pedro Taques, do Mato Grosso.

Passeio – Em Bonito, é dada como certo que, na sequência do evento em Miranda, o deputado Carlos Marun, presença certíssima na comitiva do presidente Temer, levará convidados para a cidade turística. A previsão é que a “turma do Marun” faça flutuação no rio Sucuri.

Tentativa – A situação é tão grave que o presidente da Assembleia Legislativa, Junior Moch (PMDB), foi para São Paulo ontem tentar conversar com algum representante da JBS. O objetivo é buscar uma garantia de vinculação da manutenção dos empregos com o possível desbloqueio dos bens. A proposta, se confirmada, vai ser levada para o TJ (Tribunal de Justiça).

Jogada - Depois de dois protestos na semana dos funcionários da JBS na Assembleia, os deputados alegam que a intenção da empresa é jogar os funcionários contra os parlamentares. A intenção, afirmam, é forçar o desbloqueio de bens da empresa, no valor de R$ 730 milhões.

Trégua - O deputado Eduardo Rocha (PMDB) defendeu que os recursos sejam liberados para que a empresa retome as atividades, paralisadas em 7 unidades esta semana. Depois, argumenta, poderia ser feita a negociação do ressarcimento dos valores que deixaram de ser investidos pelo grupo em troca de incentivo fiscal.

Única saída - Paulo Correa, presidente da CPI, pensa diferente. Para ele, só o bloqueio é que a empresa pode sentar para negociar. Perder esse trunfo, avalia, é abrir mão.

Sem consenso - Os representantes dos sindicatos dos trabalhadores também divergem. Alguns entendem que uma liminar para retorno dos abates já seria uma opção, outros alegam que não adianta e defendem o desbloqueio dos bens, para que não haja mais desculpa para fechamento de unidades e perda de empregos.

Não deu – É comum que o prefeito Marquinhos Trad (PSD) chegue atrasado em agendas públicas. Nesta quinta-feira, ele frustrou quem o esperava. Embora anunciado pela assessoria, não foi ao bairro Santa Luzia, onde estão ocorrendo obras de pavimentação.

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