Neta faz releitura da cadeira de fio e homenageia avó com “Maria Regina”
Arquiteta campo-grandense criou poltrona ao revisitar suas memórias afetivas
A arquiteta Janaína Peserico não para. Entre um projeto e outro de clientes, ela desenvolve seus projetos pessoais para tornar a Arquitetura mais acessível e familiar a outras pessoas. E foi pensando no conforto e nas memórias afetivas que ela decidiu realizar um antigo desejo profissional: desenvolver uma poltrona inspirada na cadeira de fio, aquelas existentes em todas as cidades brasileiras e que remetem muito à família.
Assim, nasceu a poltrona Maria Regina, inspirada nas cadeiras de fio e carregada de boas memórias. O nome foi dado em homenagem à avó de Janaína e a cadeira tem como principal motivo de existência a resistência.
“Resistir ao tempo e às novas realidades nessa era tão e cada vez mais digital. Para que as conversas entre amigos e família continuem a existir, para que as pessoas ainda cultivem o hábito de relaxar, olhar o tempo passar e jogar conversa fora. Para que as avós continuem a contar ‘causos’ para seus netos, para que casais sonhem juntos sentados numa cadeira de fio”, descreve a arquiteta.
Sua estrutura de barras cilíndricas de ferro quase se confunde com a trama de fio de PVC que a envolve. O fio segue um caminho ao longo de toda a estrutura, formando assento e encosto, dando um aspecto de unidade. A pintura da estrutura metálica segue o mesmo padrão de cor do fio utilizado.
Sua forma geométrica limpa, minimalista e contemporânea são ideias para ambientes externos, sejam nas varandas ou áreas de piscinas, como para espaços de descompressão em ambientes corporativos. São leves, duráveis, de fácil manutenção e suas cores podem variar entre preta, verde, vermelha e azul.
“A cadeira de fio é democrática, é alegre, é leve como o nosso povo. Nela, nos sentamos pra conversar sério, pra dar risada, pra fazer refeições, para olhar o tempo passar na calçada. Me sinto feliz por trazê-la de volta em uma releitura particular, com novas formas e conceitos, e não deixando de lado todo seu valor social e emocional que perdura por gerações.”
Ferro e fio, ambos são 100% recicláveis. “Nessa poltrona, quando o tempo e uso desgastar os fios, estes podem ser trocados infinitamente facilmente. E assim, você também pode ter uma poltrona completamente nova trocando de cor de acordo com seu gosto no momento.”
Ela é muito versátil, leve e confortável, podendo fazer parte tanto da decoração externa quanto interna das residências, assim como ser levada de um lugar para outro da casa. A produção é feita em estrutura de alumínio e corda náutica pela Atalaia móveis ou produzida pela fábrica da arquiteta em aço carbono e fio de PVC. A produção custa de R$ 1.800,00 a R$ 2.600,00.
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