Sonho de fazendeira, cascata trouxe água e barulho do mato para o fundo de casa
Como Ivanir se divide entre a fazenda e a cidade, o amor pela natureza lhe acompanha nas duas moradas. O sonho da pecuarista, de ter o barulho de uma cachoeira só para si foi realizado nos fundos da casa. A cascata traz um pouco da queda d'água, além do ruído e da beleza.
No bairro Vilas Boas, em Campo Grande, o projeto da casa é do arquiteto DálberAguero e da cascata, execução do comerciante Júlio Sato. "O sonho da minha vida foi ter uma cascata em casa. Como moro na fazenda também, quis trazer um pouco da natureza para a cidade", explica Ivanir Aparecida Lima Oliveira, de 49 anos.
A cascata é totalmente artesanal e na descrição da dona, não é barulhenta. "Parece natural, usaram pedras naturais para ter o barulho certo", afirma. O pedido era para que a água caísse dentro da piscina e assim os donos pudessem aproveitar a "bica d'água" embaixo dela.
"Traz uma paz, uma serenidade, que na hora que você está embaixo dela, parece que te transborda e dá aquela sensação do barulho que te acalma", descreve.
Dos 60m² da casa, a cascata tem 2m de altura e 6,5x1,5 de largura. As pedras foram escolha do seu Júlio Sato e se dividem entre cinco tipos. "São elas que controlam a queda d'água, velocidade e barulho. Usei a pedra madeira, goiana e mineira", explica o especialista. Há décadas seu Júlio faz fontes, cascatas e jardins japoneses.
"Ali cabem duas pessoas debaixo da bica forte, como a dona pediu", acrescenta. E uma das crenças que o jardim japonês traz consigo é que ao se voltar para dentro de casa, a água atrai coisas boas. "Ela está de costas para a rua, mirando água para dentro de casa", detalha.
A água que é da própria piscina e reaproveitada. Uma cascata, segundo seu Júlio, pode chegar a custar R$ 20 mil dependendo da pedra.
Arquitetura - A obra levou em torno de 15 meses para ser finalizada. Como os donos são fazendeiros, pediram ao arquiteto uma casa que fosse moderna e ao mesmo tempo trouxesse um pouquinho do ar rural.
"Não é uma casa tão fria, tem alguns toques modernos e rústicos que fazem um contraste. A porta é clássica, mas num tom de verde, tem muita madeira. Tudo para que eles se sentissem confortáveis", explica o arquiteto Dálber Aguero.
Na fachada e também na piscina, o revestimento usado é o oxyden da Castelato, num tom entre o marrom e cor de ferro, a textura combina tanto com a madeira, quanto com a cascata.
Com piso térreo e um superior, a parte de cima ainda traz uma varanda e um pergolado em madeira, como mero detalhe para uma fachada que quis se impor em meio ao condomínio. "É uma casa mais para eles passarem o final de semana mesmo", resume o arquiteto.
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