Caçador de pedras, José transforma ágatas em pingentes e bonsais
Além das ágatas, ele também trabalha com ametistas, jaspes e piritas que viram detalhe especial em incensários
Fascinado por pedras, José Ernesto Pinto Bellizzaro, de 62 anos, aproveitava as viagens que fazia para procurar na natureza as mais diferentes. Após reconhecer o valor e potencial delas, ele passou a criar chaveiros, pingentes e objetos decorativos com ágatas, ametistas e calcedônias.
Ele relata que o interesse por esses minerais vem de bastante tempo. “Faz 30 anos que cato pedra, tem que saber escolher, tem que estudar um pouquinho pra aprender a identificar na natureza”, afirma.
Para o artesão, a caça às pedras é um verdadeiro prazer que envolve dedicação, atenção e conhecimento. A melhor parte, segundo ele, é voltar para casa e ver a beleza interna de cada uma.
Mesmo quando não encontra nada de diferente nelas, José não desanima. “Tem muita pedra que cato, chego em casa não dá nada e tem que jogar fora. É uma aventura mesmo”, pontua.
O hobby virou trabalho quando o artesão viu que poderia vender as pedras e transformá-las em itens utilitários e decorativos. Ele relata que percebeu o valor comercial delas após uma viagem.
“Eu morei em São Paulo, ia na Praça da República e tinha uma feira gigantesca com pedras. Quando vim pra cá lembrei e com o advento da internet comecei a perceber que tem um alto valor comercial. Comecei na Feira da Bolívia e na Praça da Paz”, explica.
De forma manual, ele produz chaveiros, bonsais e incensários com pirita. O valor dos primeiros itens saem a partir de R$5, o segundo a R$ 20 e o terceiro a R$ 25. Além das pedras lapidadas, José também as vende no estado natural, como as ágatas cujo o quilo sai a partir de R$ 40.
Ele faz questão de ressaltar que o trabalho é artesanal e a forma como encontra as pedras não prejudica a natureza. “É bem arcaico, artesanal e o meu garimpo é sustentável, não arranco nada, é tudo na mão, sem impacto ambiental”, destaca.
Para se dedicar ao novo serviço, José planeja abandonar o conserto de máquinas. “Pretendo parar com as máquinas para priorizar o mercado e buscar elas, porque demanda tempo. Eu gosto de cortar elas para ver o que tem dentro, é interessante isso, me encanto”, conclui.
Quem quiser conhecer o trabalho de José, o perfil no Instagram é @meriba_pedras_preciosas
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