Documentário narra histórias de cururueiros de Corumbá e Ladário
Os cururueiros são experientes na arte de fazer viola de cocho, um instrumento musical artesanal
Antônio de Souza Brandão, Vitalino Soares Pinto, Gilbertinho Casemiro, João Cristo Moura, Otávio Sebastião Oliveira e Sebastião de Souza Brandão. Esses são os protagonistas do documentário que homenageia os principais cururueiros de Corumbá e Ladário.
O documentário é lançado hoje e faz parte das atividades que celebram o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, comemorado nesta terça-feira (17).
Com o intuito de preservar a essência do cururu e levantar um importante registro histórico dessa manifestação cultural, o documentário tem relatos sobre a tradição e trajetórias de vivências no universo da viola de cocho.
Eles confeccionam artesanalmente o instrumento, a viola de cocho, ganzá e mocho, compõem suas toadas, guardam na cabeça essas composições e as tocam em roda, na viola de cocho, com uma dança de sapateado próprio.
Neste trabalho, seis cururueiros relatam parte de sua atuação e trajetória, as barreiras que eles enfrentam hoje e o amor que eles têm pela viola de cocho. Juntos, eles tentam repassar um pouco dessa cultura histórica, a fim de que não o se perca.
“Eles são personagens importantes nas manifestações culturais que alimentam o imaginário do Cururu e do Siriri em Mato Grosso do Sul”, segundo a diretora e socióloga corumbaense Wanessa Rodrigues.
Os cururueiros são experientes na arte de fazer viola de cocho: um instrumento musical artesanal. A forma de fazer essa viola foi reconhecida pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), como Patrimônio Cultural Brasileiro no ano de 2005.
Com depoimentos e colaboração de cururueiros tradicionais da região, o documentário também mostra a produção da viola e danças típicas, que uniam famílias em época de festas santas nas regiões.
Atualmente, o Cururu vem perdendo espaço diante da modernidade, das transformações culturais, já que a cultura de massa acabou atingindo até mesmo os descendentes dos cururueiros, que acabaram, muitas vezes, não se sentindo atraídos pela manutenção da tradição na família e dessa forma, a tradição e a cultura do cururu está se perdendo entre as gerações.
Confira o documentário abaixo:
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