Na expectativa pelo filme, Homem-Aranha entra em ensaio de noivos
Daniel Ribeiro é conhecido por inovar sempre e, no ensaio do sobrinho noivo, apelou para o Homem-Aranha
No alto de um vagão abandonado, surge o Spider-Man como super-herói que quer livrar a mocinha do casamento. A ideia do fotógrafo Daniel Ribeiro antecede um dos filmes mais esperados do ano: “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”.
Mas o projeto não tem nenhuma relação com o longa que estreia em 16 de dezembro. Premiado no Brasil e no exterior pela originalidade na cobertura de casamentos, ele foi desafiado e cumpriu a tarefa de surpreender.
No foco, estão o sobrinho Thiago e a noiva Juliana. Mas o protagonista é um vendedor de paçoca, que usa a roupa do Spider-Man, na tentativa de atrair os clientes na região da Júlio de Castilho. “Um dia, eu vi aquela figura e fiz umas fotos. Então, quando pensamos em algo diferente, a noiva lembrou daquele Homem-Aranha”, conta Daniel.
O fotógrafo fez o convite e, em troca de vídeos e imagens para o vendedor usar como divulgação, ele aceitou a empreitada.
A aventura durou um dia, a cerca de 70 km de Campo Grande, na estação ferroviária perto de Ribas do Rio Pardo. “Meu avô era ferroviário e muita gente me conhece até hoje por isso. Então, consigo acesso a esses lugares que são incríveis”, explica.
No lugar da teia, um véu de 10 metros, mas não qualquer véu. “Já ganhei mais de 300 prêmios com fotos e nas principais, foi usando esse véu, que eu ganhei do ateliê Anel de Noiva. É o meu véu da sorte”, brinca.
O título mais recente, ele ainda nem recebeu, vai até Roma ganhar a medalha de prata da Copa Mundial de Fotografia de 2020, que teve a participação de profissionais de 44 países. E ele já é finalista da Copa de 2021, com imagem postada aqui no Lado B.
Pelo mundo, ficou conhecido como o "fotógrafo das alianças" por usar o par de anéis de forma criativa, gigantes, ou explorando ângulos e proporções. “Mas não foi essa a minha foto mais copiada no mundo. A mais copiada é a que mostra um maquiador e uma noiva entre um ring light”
O desenhista, que descobriu a fotografia há 13 anos, agradece a coragem de cada casal que aceitou os desafios sugeridos por ele. Hoje, além de fotografar, é professor de cerca de 100 alunos pelo mundo e compartilha cada lição sobre luz, foco e inovação. “Evolução acontece só se você quiser que aconteça. Por isso, eu consigo hoje ser tão feliz no que eu faço e continuar criando sempre”, diz.