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Artes

Sara cria cartilha com desenhos para preservar história de Campo Grande

Cartilha tem sido distribuída em escolas e espaços culturais e turísticos de Campo Grande

Por Thailla Torres | 26/06/2024 08:33
Sara Welter idealizou o projeto "Resquícios do Tempo: Redescobrindo Campo Grande". (Foto: Ana Laura Menegat)
Sara Welter idealizou o projeto "Resquícios do Tempo: Redescobrindo Campo Grande". (Foto: Ana Laura Menegat)

Quando o assunto é preservação do patrimônio histórico, Campo Grande patina para manter a memória. Basta uma volta pela cidade para ver "tesouros" da arquitetura deteriorados pelo tempo ou até mesmo esquecidos. Sem contar prédios que já viraram poeira ou algum estabelecimento comercial cafona projetado no estilo "caixote".

Mas ainda há quem nade contra essa corrente e se mova de alguma maneira para resgatar e preservar a história da capital sul-mato-grossense. É o caso da artista visual Sara Welter, mais conhecida como Syunoi, que idealizou o projeto "Resquícios do Tempo: Redescobrindo Campo Grande".

Neste mês de junho, ela lançou uma cartilha educativa ilustrada em formato de fanzine com desenhos e a história de 10 locais históricos de Campo Grande. O projeto é uma ferramenta de conhecimento sobre os locais históricos e prédios abandonados da cidade para estudantes e professores, com foco na rede municipal de ensino, e tem o objetivo de fortalecer o senso de pertencimento à cidade.

A ideia para o "Resquícios do Tempo" surgiu de um projeto pessoal de Syunoi realizado em 2021, que retratou prédios históricos de Campo Grande através de uma série de desenhos. A obra foi selecionada para exposição no Marco (Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul) durante o 2º Festival Campão Cultural, inspirando a criação da cartilha para democratizar o acesso a essas informações históricas.

“A importância de preservarmos a memória de lugares e patrimônios históricos nos permite entender sobre o nosso passado e valorizar nossa identidade coletiva, porque assim entendemos que esses lugares contam a história de um povo, uma nação ou cidade e isso nos faz ter conhecimento que esses bens culturais constroem quem somos e criamos um senso coletivo para conservarmos essa memória para o futuro”, explica a artista Syunoi.

A cartilha tem 16 páginas e informações detalhadas sobre 10 locais históricos: Edifício José Abrão, Casa Glória, Casarão, Primeira Escola, Igreja São Benedito, Morada dos Baís, Aldeia Marçal de Souza, Árvores Centenárias, Rotunda Ferroviária e Hotel Gaspar.

“A estrutura da cartilha é dividida em 4 partes e 16 páginas: a primeira parte é uma breve apresentação do conteúdo da cartilha; a segunda parte é uma página explicando a importância do patrimônio histórico; a terceira parte são as ilustrações e desenhos dos 10 lugares históricos com os mini textos explicativos; e a quarta parte é sobre a ficha técnica dos desenhos e a equipe do projeto”, detalha Syunoi.

A cartilha tem 16 páginas e informações detalhadas sobre 10 locais históricos. (Foto: Ana Laura Menegat)
A cartilha tem 16 páginas e informações detalhadas sobre 10 locais históricos. (Foto: Ana Laura Menegat)

Oficina e distribuição

Para envolver a comunidade escolar, o projeto incluirá a realização de oficinas artísticas baseadas na cartilha. Três oficinas serão voltadas para estudantes, incentivando a criatividade através de colagens, desenhos ao ar livre, lambe-lambe e murais em grupo. Uma oficina de capacitação online será oferecida aos professores, explicando a importância dos patrimônios históricos e como integrá-los nas aulas. Adicionalmente, duas palestras serão conduzidas em centros de atendimento a deficientes auditivos, beneficiando mais de 50 alunos com deficiência auditiva.

Quem ministra as oficinas junto à artista Syunoi, é o artista visual Victor Macaulin. Ele fará uma aula prática com trabalhos realizados em papel e tem como proposta utilizar tintas naturais na pintura.

Juntamente às oficinas, os artistas começarão a distribuição das cartilhas, ainda neste mês de junho. Um montante será destinado às escolas e outro para pontos culturais e turísticos, instituições de educação, bibliotecas e instituições para pessoas com deficiência, já que existe a versão em braile. “Também estaremos espalhando cartazes pela cidade com o Qr Code com acesso à versão digital da cartilha”, revela.

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