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Artes

Teatro fechou e público esqueceu de Centro Cultural que tem piano à disposição

Localizado na Rua 26 de Agosto, Centro Cultural continua funcionando e poucos sabem das opções gratuitas.

Thailla Torres | 05/05/2019 08:24
Centro Cultural José Octávio Guizzo na Rua 26 de Agosto está de portas abertas para aulas, exposições e ensaios de artistas do MS. (Foto: Repdorução Facebook)
Centro Cultural José Octávio Guizzo na Rua 26 de Agosto está de portas abertas para aulas, exposições e ensaios de artistas do MS. (Foto: Repdorução Facebook)

Apesar de pouquíssimas opções, há espaços em Campo Grande para contemplar e fazer a arte acontecer. Um destes locais completa 35 anos de história, na Rua 26 Agosto, região central. Mas há cerca de três anos, desde o fechamento do Teatro Aracy Balabanian, o complexo do Centro Cultural José Octávio Guizzo não registra movimento expressivo.

A decadência é evidente nos dias de semana com a baixa procura de interessados em cursos, exposições e ocupação do espaço que é unidade da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e dispõe de salas para uso gratuito.

Administrado pela Fundação que há anos enfrenta problemas financeiros, o Centro Cultural busca de forma autônoma ganhar o coração do público que parece ter esquecido a sua existência, principalmente, com o fechamento do Aracy Balabanian. “São anos de esquecimento porque as pessoas associam o Centro Cultural com o teatro e acreditam que todo o complexo está fechado”, explica a diretora Luciana Kreutzer.

Sala com iluminação e espelhos disponível para ensaios.  (Foto: Centro Cultural)
Sala com iluminação e espelhos disponível para ensaios. (Foto: Centro Cultural)

Por outro lado, há um abismo de informações entre as gerações novas e antigas da arte sul-mato-grossense, observa Luciana. “Esse ano a casa completa 35 anos e só os mais velhos mantém histórias com o Centro Cultural. Já os mais novos poucos conhecem”, explica.

Além de estar aberto ao público, o Centro Cultural dispõem de salas para cursos, ensaios, exposições e diversos projetos artísticos que podem ser realizados no local gratuitamente, desde que seja apresentado o projeto com antecedência e aprovado pela administração.

Um dos espaços disponíveis, por exemplo, é a “Sala Conceição Ferreira” que está disponível para agendamento de ensaio semanal de grupos nas áreas de teatro, dança e música nos períodos matutino, vespertino e noturno. Aos músicos ou alunos que desejam tocar piano, uma sala com modelo clássico também está à disposição para quem deseja treinar e não possuí o instrumento.

“E é muito simples, basta entrar em contato com a gente por e-mail ou pelo telefone que a gente informa a disponibilidade desses ambientes, além de todo o complexo que está aberto para intervenções, desfiles e performances como tem acontecido nos últimos meses”, afirma.

Piano disponível para músicos e alunos.  (Foto: Centro Cultural)
Piano disponível para músicos e alunos. (Foto: Centro Cultural)

No mês passado o local recebeu exposição e performances festival Ipêrfomático que durante 11 dias levou arte contemporânea para espaços públicos de Campo Grande. Na última sexta-feira o Centro Cultural também recebeu um desfile e exposições artísticas com programação que se estende até o dia 25 de maio e inclui discotecagem, exposição, pintura ao vivo, bazar e desfile.

“O local está sempre com novas atividades, nós também sempre publicamos cursos e oficinas que são oferecidas no site da Fundação e no nosso Facebook. Isso é muito importante precisamos ocupar esse espaço, antes que alguém queira utilizar para órgão administrativo. Não podemos perder mais um espaço de cultura na cidade”.

Quem tiver interesse em utilizar as salas basta enviar e-mail para centrocultural.jog@gmail.com informando o nome do espetáculo, a data e o local de apresentação, além do dia, horário, espaço desejado para ensaio, nome do responsável e aguardar a confirmação do agendamento. Outras informações também são repassadas pelo telefone (67) 3317-1795 ou pelo Facebook.

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