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Comportamento

Ano mal começou, mas pessoas esperam é sobreviver até final dele

Força para continuar a trabalhar, ver filho crescer e bens materiais são algumas das projeções para 2024

Por Natália Olliver | 04/01/2024 07:31
Silvio Rodrigues Franco imagina que terá saúde para continuar a trabalhar (Foto: Alex Machado)
Silvio Rodrigues Franco imagina que terá saúde para continuar a trabalhar (Foto: Alex Machado)

Pode parecer pessimista, visto que o ano mal começou, mas nas ruas de Campo Grande a projeção até dezembro de 2024 é dura. Poucas pessoas conseguem visualizar como estarão no último mês do ano e algumas se veem apenas sobrevivendo até o final dele.

Desta vez, o Labo B foi até a Praça Belmar Fidalgo, região Central de Campo Grande. Na última reportagem da série 'Cápsulas do Tempo', a pergunta da vez foi: Como você imagina que estará em dezembro de 2024. Ao final dos 366 dias, voltaremos a falar com os entrevistados para verificar se as expectativas, ou falta delas, aconteceram.

Silvio Rodrigues Franco, de 50 anos, vende cocos na Praça há anos. Ele brinca dizendo que se vê apenas tendo saúde para continuar a trabalhar. Além de vendedor ele é pedreiro e pintor. “Eu imagino estar com força pra trabalhar, porque a gente tem que lutar e não pode parar. Estou aqui há uns 25 anos, mas só trabalho dia sim e dia não. A gente cansa, mas tem que fazer”.

O dinheiro que consegue com a venda dos cocos é revertido nas melhorias da casa onde mora. O negócio é feito em parceria com mais três pessoas, que se dividem nos dias de trabalhos na Praça.

“Eu comprei o direito de trabalhar aos domingos, somos em quatro. O carrinho é dividido. Durante a semana trabalho com pedreiro e pintura. Aqui é mais um extra. Estou aqui hoje aqui porque o colega viajou. É um extra do extra”.

Apesar do cansaço, Silvio é bem humorado e comemora as vendas. “Sai bem, graças a Deus porque as pessoas consomem muito. É meio um vício que o pessoal tem na água de coco”.

Luciara Helena de Oliveira, 35 anos, se imagina vendo a filha Luiza, de três anos, crescendo e vendo o mundo. A engenheira quer é sabedoria para lidar com as adversidades da vida da melhor maneira possível.

Luciara Helena de Oliveira e filha Luiza, na Praça Belmar Fidalgo (Foto: Alex Machado)
Luciara Helena de Oliveira e filha Luiza, na Praça Belmar Fidalgo (Foto: Alex Machado)

"Acho que esse ano vai ser um ano bastante atípico. Estou passando por um momento de muita mudança e quando a gente tem um filho pequeno a gente espera que seja com bastante saúde e tranquilidade. Até o final do ano o que mais espero é ver a evolução dela”.

Além da projeção simples, ela espera que esteja em uma situação financeira melhor do que está hoje. “A gente sempre espera ver melhorias na saúde, profissionalmente”.

O estudante de direito, Samuel Cunha Almeida, de 20 anos, se imagina com o carro tão sonhado. O jovem está esperançoso de que vai conseguir realizar o sonho até o final do ano.

Samuel Cunha Almeida. estudante de direito (Foto: Alex Machado)
Samuel Cunha Almeida. estudante de direito (Foto: Alex Machado)

“Me imagino já melhor financeiramente, com carro que eu já tenho em mente e uma casa. Quero melhorar minha situação financeira”.

Samuel é estagiário, mas também trabalha com Marketing digital. Ele comenta que em 2023 conseguiu alcançar metas antes do prazo previsto e que espera que esse ano seja ainda mais próspero.

“Consegui fazer coisas que imaginava que só faria daqui uns cinco anos, como ajudar minha mãe a comprar uma casa, meu pai a comprar um carro, ajudar meu irmão e pagar mais da metade da faculdade”.

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