Aos 73 anos, Chica joga videogame todo dia e sonha ganhar Xbox
Moradora da Vila Jacy tem mais de 50 jogos em casa e um videogame doado, que é seu maior companheiro
Há 20 anos, o único entretenimento de Francisca Borges Ribeiro é o videogame. Ela não se rende pelo celular e nem pela internet. Em casa, gosta mesmo é de “metralhar”, diz se referindo aos jogos de tiro do Playstation, mas sonha mesmo é ter um Xbox, já que o antigo estragou e ela nunca conseguiu consertar.
Moradora da Vila Jacy, Francisca, conhecida como Chica, diz que joga todos os dias. Há momentos em que ela chega madrugar na frente da televisão. “Começo às 20h e vou até 4h da manhã, mas de vez em quando”.
Paixão pelo videogame - O gosto pelo videogame começou há 20 anos, quando ganhou pela primeira vez um mini game tetris, depois vieram videogames mais modernos e ela passou a tirar um tempinho do dia para se dedicar aos jogos.
Ela não consegue ler boa parte dos jogos em inglês, mas disse que segue a intuição. “Vou apertando o botão e jogando. Foi assim que eu aprendi”.
Para Chica, o videogame é mais que uma diversão. “É bom pra mente”, afirma. Os jogos também viraram companheiros no dia a dia. “Eu tô vivendo com pouco ser humano e com videogame não me sinto sozinha”, completa.
Dos amigos e da família ela ganha diversos jogos., os CDs ficam em uma estante que divide espaço com a televisão e a máquina de costura. Ao mostrar alguns exemplares ela afirma que os que mais gosta são os de tiro, mas de vez em quando se diverte com Super Mario.
Atualmente, Chica joga em um Playstation 2. Ela tinha um Xbox que foi doado por um amigo, mas o aparelho estragou e ela diz que não tem conserto.
O controle que nunca sai das mãos segue intacto. Chica é cuidadosa com cada item que se refere aos videogames, colocando-os em saquinhos plásticos para não estragar.
O mesmo capricho é visto pela casa cheia de itens antigos e plantas. Chica é quem cuida de tudo e afirma que aprendeu com a vida.
Sem entrar em detalhes de como veio para Campo Grande, ela resume que nasceu em Floriano, no Piauí, e chegou aqui criança. Ficou viúva aos 38 anos e tem dois filhos. Sua paixão é cuidar da casa e dos games, claro.
Alguns amigos até tentam convencer ela a ir para as redes sociais, mas ela diz que não gosta. “Aqueles bicos e caras que as pessoas fazem eu não gosto”, diz se referindo ao TikTok. “Meu negócio mesmo é o videogame”, finaliza.
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