Após abandono, cadelas ganham lar e até crachá do novo "emprego"

Após serem encontradas em estado de completo abandono na região da estrada da Usina Velha, zona rural de Maracaju, município distante 160 quilômetros da Capital, uma dupla de cadelas não só ganhou lar como também viraram as "colaboradas" caninas. Fazendo a festa na sede da Fundação MS, as duas se tornaram mais que mascotes: exercem agora o cargo de "voluntárias" e integram oficialmente o time de trabalho, na atividade de espalhar amor e alegria a todos – com direito a muito cafuné.

“A equipe foi muito criativa ao escolher os nomes de Safra e Safrinha, mãe e filha, combinando justamente com o que fazemos aqui na empresa. Todo mundo adorou a oportunidade de contar com pets no ambiente de trabalho”, comentou o Alex Marcel Melotto, diretor executivo da Fundação MS.

O cargo criado especialmente para elas duas foi concedido há 3 semanas, quando a mãe e a filha de pouco mais de 1 mês foram resgatadas pelos colaboradores. A adoção aconteceu naturalmente, e é claro que gerou repercussão em Maracaju – e agora veio parar no Lado B. "Elas chegaram juntas e em nenhum momento se separaram. Pelo contrário, se mostraram muito à vontade por aqui, passeando por todas as salas e os jardins, cativando a todos", acrescenta.

"Jamais imaginávamos tantas demonstrações de apoio e carinho na internet. Na verdade, fomos nós que ganhamos com a presença delas, e não o contrário. Foi uma surpresa, mas também creio eu que elas vieram com essa missão de ensinar sobre a questão do abandono e que os animais também merecem cuidados e carinho", ressalta.

Alex garante que ambas ainda serão castradas, evitando que outros filhotes passem pela mesma experiência de Safra e Safrinha. Além de um lar para chamarem de seu, as cadelinhas ganharam tratamento veterinário completo e alimentação.

"Fora os crachás de identificação, como todos os membros da Fundação MS também utilizam. Safra e Safrinha são as novas funcionárias com a responsabilidade de brincar 'trabalhando', disseminadoras de alegria", finaliza o diretor.

Alerta – Vale destacar que em setembro do ano passado o Governo Federal aumentou a pena do crime de maus-tratos (abuso e/ou mutilação) aos animais domésticos, principalmente se tratando de cão e gato. Agora, a lei número 14.064/2020 estabelece reclusão penal de 2 a 5 anos, além da proibição de guarda.

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