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Comportamento

Ativista e professor corumbaense Edmir "Abelha" morre após AVC

Na tarde de hoje, Edmir Leocadio Figueiredo de Moraes, conhecido como "Abelha", faleceu em Corumbá

Bárbara Cavalcanti | 15/07/2021 20:56
Edmir Leocadio Figueiredo de Moraes era popularmente conhecido como "Abelha" em Corumbá, faleceu na tarde de hoje (15). (Foto: Prefeitura Municipal de Corumbá)
Edmir Leocadio Figueiredo de Moraes era popularmente conhecido como "Abelha" em Corumbá, faleceu na tarde de hoje (15). (Foto: Prefeitura Municipal de Corumbá)

Nesta quinta-feira, 15 de julho, Corumbá perdeu o professor e ativista Edmir Leocadio Figueiredo de Moraes, de 64 anos, conhecido na região por “Abelha”.

De acordo com informações da Prefeitura Municipal de Corumbá, Abelha tinha sofrido um acidente vascular cerebral no mês passado. Ele chegou de ser transferido para Campo Grande, se recuperou e voltou a Corumbá, mas hoje acabou sofrendo mais um AVC e não resistiu.

A notícia foi lamentada pelo próprio prefeito da cidade, Marcelo Inues. Abelha trabalhava no Museu de História do Pantanal (Muhpan), que fica dentro da Fundação de Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá.

Ele tem um histórico de se dedicar à causas políticas e sociais, como igualdade racial e a valorização da memória cultural local. Ainda de acordo com a Prefeitura, ele chegou até de atuar como gerente de Igualdade Racial de Corumbá.

Abelha em uma das reuniões do PT, partido que era filiado. (Foto: Arquivo Pessoal Edson Moraes)
Abelha em uma das reuniões do PT, partido que era filiado. (Foto: Arquivo Pessoal Edson Moraes)

Também foi um dos fundadores do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro, fundador do bloco carnavalesco Nação Zumbi, além de ter atuado como gerente da UNEI Pantanal.

Entre parentes, colegas de trabalho e amigos, Abelha deixa saudades. Uma das pessoas que lamenta é o amigo e presidente da Fundação de Cultura de Corumbá, Joilson da Silva Cruz.

“Estou muito triste. A Cultura perde um grande homem, um grande guerreiro. Me incentivou muito,  me puxou orelha muitas vezes. Estou muito abalado com a morte dessa importante personalidade”, expressou.

Joilson também o descreve como muito receptivo e comunicativo. “Muitos dos que visitaram o Museu Casa do Dr. Gabi, desde o início de 2019 até o início da pandemia, certamente se lembrarão do sujeito falador e receptivo que ele era. É realmente uma partida inesperada e triste, com toda certeza”, ressalta.

Abelha em Corumbá com instrumento africano. (Foto: Arquivo Pessoal Edson Moraes)
Abelha em Corumbá com instrumento africano. (Foto: Arquivo Pessoal Edson Moraes)

Ainda outro amigo de longa data é Luiz Mário Cambará. Luiz relata que ambos ficaram muito amigos quando ele veio para Campo Grande na década de 60.

“Morei na Vila Alba com minha família e ele também morava perto com a família dele, éramos jovens, e daí nasceu uma grande amizade que se perpetuou até a sua partida infelizmente”, detalha.

Luiz descreve Abelha como pessoa alegre, principalmente entusiasta do Carnaval. “Nestes tempos de juventude criamos juntos com outros jovens corumbaenses, estudantes que moravam em repúblicas, um bloco carnavalesco chamado "Grajata", e desfilávamos nos altos da Afonso Pena nos fins de semana que antecediam o Carnaval, já que na data mesmo, todos nós íamos pra Corumbá”, relembra.

Ambos realizaram muitas festanças juntos aqui na Capital, todas relacionadas à Corumbá, como por exemplo uma torcida organizada para o time o Corumbaense.

“Mas infelizmente nesses últimos anos, ele passou a ter sérios problemas de saúde, hipertensão, diabetes, obesidade, que contribuíram com sua partida precoce. Hoje quando recebi a notícia do seu falecimento, apesar de saber que seu estado de saúde era delicado, fiquei muito chocado e bateu uma tristeza imensa, perdi um grande amigo e nos deixou boas lembranças e vai fazer muita falta”, declara.

Abelha deixa filha, netos e o irmão, o jornalista Edson Moares.

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