Com telefone em mãos, Raniely quer falar com o pai sobre perdão
Após 18 anos sem terem notícias um do outro, a jovem e o pai, Raimundo, agora podem conversar e combinar reencontro
Com telefone em mãos, Raniely da Silva Carvalho vai poder conversar com Raimundo Nonato do Nascimento Carvalho. Eles são pai e filha e não se falam há 18 anos, desde que ela se mudou de Goiânia (GO) para Rio Verde de Mato Grosso (MS) com a mãe.
Raimundo entrou em contato com o Lado B para encontrar a filha. Ele mora na Inglaterra e diz querer muito rever Raniely, já que a última notícia soube foi que ela estaria morando em Campo Grande, desde 2002. A matéria sobre a busca foi publicada hoje (clique aqui) e, em algumas horas, policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) conseguiram localizá-la e colocaram pai e filha em contato.
De posse dessa informação, a reportagem entrou em contato com Raniely, que hoje tem 22 anos. Ela relata estar espantada com a notícia. “Estou muito surpresa, fico feliz dele [Raimundo] estar bem também”, diz. “Senti a falta dele quando era pequena, mas não lembro muito”, admite.
A jovem também estava à procura do pai e até tentou entrar em contato algumas vezes, mas sem sucesso. “Já tinha procurado nas redes sociais, mandei mensagem para alguns parentes, porém ninguém tinha notícia dele”.
Os anos se passaram e eles continuavam separados. Raimundo jura ter sempre pensado na filha. Conversando com o Lado B, relatou não saber como procurar por Raniely, por isso, pediu a ajuda da imprensa.
Durante a conversa, ele comentou que tem vontade de ver a filha para pedir perdão por tudo que aconteceu no passado. Mesmo após ter crescido longe de Raimundo, Raniely não hesita e afirma que também está disposta a se reaproximar do pai. “Falo com ele sim, o perdoo sim, não guardo rancor”, diz.
Em Rio Verde de Mato Grosso, ela trabalha como gerente de uma loja, comenta que está noiva e se prepara para completar 23 anos no próximo mês. Enquanto isso, em Reading, na Inglaterra, Raimundo construiu nova família, trabalha como contramestre de capoeira e está animado para poder reunir os quatro filhos.
Os dois agora têm os números de telefone em mãos para poder conversar e tentar marcar o encontro. Não será possível de imediato já que o mundo todo está enfrentando a pandemia do novo coronavírus. “Tô muito feliz por poder falar com ela. Tô chorando de emoção, sem palavras”, revela o pai.
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