Desde 1999, Valdineia faz viagem de devoção até a Padroeira do Brasil

Desde 1999, Valdineia da Silva Santos, de 47 anos, passa o dia 12 de outubro em Aparecida (SP). Por devoção e amor, a funcionária pública estadual faz o trajeto de Campo Grande ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida onde agradece pelas bênçãos alcançadas.

Neste ano, ela está no município do interior de São Paulo acompanhada pela filha Renata Aparecida Vasconcellos, de 15 anos. Antes de viajarem, elas participaram da novena de quarta-feira (11) no Santuário Estadual Nossa Senhora Perpétuo Socorro, em Campo Grande.

Além da filha, Valdineia leva com ela um presente especial para a Nossa Senhora Aparecida. Desde a pandemia, a devota confecciona um tapete que será dado em forma de presente e agradecimento para a padroeira do Brasil.

Ela fala que produzir o tapete a manteve firme no período em que não pôde fazer a viagem e várias outras atividades devido a pandemia. “Durante a pandemia fiz um tapete de Nossa Senhora que foi o que me ajudou a não ficar ruim na pandemia, porque fiquei afastada do serviço. Fiz um tapete e vou deixar em Aparecida do Norte”, diz.

A viagem é mais uma que ficará marcada na memória da mulher que há duas décadas celebra o feriado nacional do Dia de Nossa Senhora de Aparecida na catedral que atrai fiéis de todo o País. Valdineia conta como foi a primeira visita que fez ao local.

“A minha primeira viagem foi assim eu queria ir para Aparecida do Norte e sai procurando agências que faziam a excursão. A Andorinha fazia diretamente, saía da garagem, essa foi minha primeira viagem. Eu sempre vou por agradecimento porque as coisas vão acontecendo e a gente vai lá agradecer”, destaca.

Após essa viagem, a funcionária seguiu fazendo a excursão. Durante sete anos, ela cumpriu uma promessa devido à cura de um familiar que teve meningite. O milagre concedido pela santa é uma das bênçãos que Valdineia não esquece.

“Eu subi a passarela durante sete anos de joelhos. Essa foi uma promessa que fiz, foi uma promessa de doença e graças a Deus recebi. Foi uma graça mesmo”, pontua.

Além da pandemia, a devota comenta que teve um ano que não conseguiu ir pessoalmente rezar e agradecer. Na época, a ausência dela no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida foi por um bom motivo.

“A minha filha Renata nasceu no dia nove de outubro, foi o ano que não fui. Eu pulei esse ano em 2008 porque estava internada. Dia 12 de outubro estava saindo do hospital, queria muito que ela nascesse em 12 de outubro, mas foi 10”, fala.

O segundo nome da filha veio em homenagem à padroeira que nunca deixou de estar nas orações da funcionária. A cada ano que passa, Valdineia garante viver e sentir algo único no local sagrado. “Todo ano é muito especial, é uma coisa diferente. A gente vai e fica naquela expectativa. Todas as vezes que vou eu choro, agradeço, rezo, me emociono demais”, declara.

Esse ano também promete ser especial para Renata, que terá a oportunidade de servir no santuário. No Santuário Estadual Nossa Senhora Perpétuo Socorro, a jovem está habituada a desempenhar as funções, porém é a primeira vez que ela irá fazer o mesmo em Aparecida (SP).

Há três anos, Renata sonha com esse momento que foi possível após Valdineia entrar em contato com os responsáveis pela catedral no interior de São Paulo. A jovem fala sobre a oportunidade e expectativa com o dia.

“Servir lá sempre foi um sonho e estar servindo lá no dia da padroeira do Brasil acaba se tornando ainda mais importante. Eu acredito que vai ser uma experiência diferente mas incrível ao mesmo tempo, tendo muitas histórias para compartilhar depois”, pontua.

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