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Comportamento

Em 1º encontro, família Gouveia fez "milagre" e reuniu 200 parentes

Sem esperar que a adesão seria tão grande, organizadores contam que reunir todo mundo foi realização

Aletheya Alves | 05/09/2022 08:12
Família Gouveia reuniu mais de 200 pessoas no primeiro encontro. (Foto: Aletheya Alves)
Família Gouveia reuniu mais de 200 pessoas no primeiro encontro. (Foto: Aletheya Alves)

Enquanto muita gente acha impossível reunir a maioria dos familiares em datas tradicionais como Natal, a família Gouveia provou que é possível superar os empecilhos e juntar 200 parentes no domingão em pleno setembro. Foram dois meses de preparação e, emocionados com a quantidade de pessoas, os organizadores confessam que até eles se surpreenderam.

Antes da pandemia chegar, a família já estava pensando sobre conseguir reunir os parentes, mas com o isolamento tudo ficou suspenso. Filho de uma das matriarcas, Eufrasio Flávio Pereira conta que ao perceberem que seria possível retomar o projeto da festa não perderam tempo.

“Nós fizemos um grupo no WhatsApp e uma comissão para organizar melhor. Falamos sobre a ideia e pedimos para cada um ir convidando os descendentes até porque muita gente não tinha contato próximo”, explica Eufrasio.

Detalhando que seus avós chegaram ao Mato Grosso do Sul em meados da década de 1970, ele diz que a maior parte dos descendentes conseguiu se manter por aqui. Ainda assim, como em outras famílias, a dificuldade em se reunir foi o grande motivo para realizar a 1ª reunião apenas neste ano.

Ainda mais especial para ele, Eufrasio ainda teve a oportunidade de unir a data da reunião à de seu aniversário. “Ganhei esse presente mesmo. A gente sabe que sempre alguém não pode, mas nossa família é muito unida e conseguimos fazer dar certo”.

Integrantes criaram comissão para levar o evento adiante. (Foto: Aletheya Alves)
Integrantes criaram comissão para levar o evento adiante. (Foto: Aletheya Alves)

Tendo sentido os efeitos da pandemia em si mesma, Herondina Flávia Gouveia, de 78 anos, é uma das matriarcas da família e fez questão de participar da reunião.

“Eu tive covid, os médicos falaram que nem entenderam como sobrevivi. Ter a família aqui é bom demais, os filhos, netos, sobrinhos, todo mundo”, diz Herondina.

Uma dos oito filhos que chegaram a Mato Grosso do Sul em meados de 1970, ela relata que com o passar do tempo percebeu que o importante mesmo é conseguir se reunir. “Esses momentos são os melhores, então vim mesmo. Já venci câncer, venci covid e agora quero minha família”.

Sobrinho de Herondina, Edmar Flávio Gouveia detalhou que por ter esperado tanto tempo para a reunião, até camisetas foram confeccionadas. “A gente fez camiseta, faixa, tudo o que precisava. Nos juntamos para dividir os gastos e agora estamos nos preparando para o ano que vem”.

Mesmo com as expectativas tendo sido superadas, ele explica que alguns familiares moram fora de Mato Grosso do Sul. Por isso, a ideia é que em 2023 o número seja superado.

“A festa está muito boa, tivemos um almoço e de tarde dançamos. Seguimos até 18h e depois ainda há mais festa”, completa.

Primeiros integrantes da família que chegaram a Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo pessoal)
Primeiros integrantes da família que chegaram a Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo pessoal)

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