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Comportamento

Filho de muçulmanos, professor vestiu o hijab na estreia do Brasil

Segundo a tradição familiar, também é preciso anotar o placar no tecido para dar sorte aos jogadores

Natália Olliver e Cleber Gellio | 24/11/2022 17:25
César Platini assistiu ao jogo com hijab para dar sorte aos jogadores (Foto: Alex Machado)
César Platini assistiu ao jogo com hijab para dar sorte aos jogadores (Foto: Alex Machado)

Descendente de muçulmanos, o professor aposentado César Platini, de 62 anos, chamou atenção por estar de hijab (tecido usado na cabeça por homens de cultura árabe), durante o jogo de estreia do Brasil contra a Sérvia, na praça de alimentação do Shopping Norte Sul, nesta quinta-feira (24). Ele estava junto da esposa e do enteado, que também usava o hijab.

Vera Platini, de 62 anos, disse que acha fantástico que o marido e o filho usem o tecido. “É muito legal eles estarem representando o país sede, eu só não estou trajada porque a mulher usa burca”, contou. A vestimenta despertou tanta curiosidade nas pessoas que muitas pararam a família até para tirar fotos. Inclusive, querendo saber o significado do tecido.

Ao Campo Grande News, César comentou que os pais nasceram em Doha, capital do Catar, onde acontece a Copa do Mundo este ano, mas que ele nasceu no Brasil. O professor comentou sobre a derrota do País no jogo de estreia contra o Equador, no domingo (20).

“Senti muito, mesmo longe e sendo brasileiro. A gente tem o lado da razão e coração e que realmente sente. Na hora que vi ele perdendo fiquei triste, torci muito no primeiro jogo. Como a Copa é lá não teria como não estar a caráter hoje, porque tenho familiares lá”, disse.

Apesar da torcida, César ressaltou que a emoção de ver o Brasil jogar é diferente de tudo. “Com o Brasil é um sentimento muito maior”.

César Platini, Vera e Thiago durante jogo de estreia do Brasil (Foto: Alex Machado)
César Platini, Vera e Thiago durante jogo de estreia do Brasil (Foto: Alex Machado)

Thiago Ferreira, de 37 anos, também chamou atenção por acompanhar o padrasto na cultura árabe com o uso do hijab. “Estamos em festa pelo Brasil e pelo local da Copa, estamos torcendo e escrevemos o placar no hijab para dar sorte”. comentou.

O ato é um costume da família e o tecido não pode ser lavado. César, Thiago e Vera deram palpites no placar dos jogos do Brasil e anotaram no tecido do hijab um dia antes. Além do costume, a família também faz bolões. Thiago afirma que o valor até o final da Copa está em R$ 5 mil. Desta vez Thiago acertou o placar do jogo, que terminou 2x0 para o Brasil na tarde desta quinta-feira (24).

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