Há 9 anos, mulheres fazem amigo secreto que sobreviveu a tudo
Grupo surgiu da organização de um casamento e só cresceu conforme as novas edições chegaram
Do fim do casamento até divergências políticas, nada fez com que as “amigas da Cirok” deixassem de manter o tradicional amigo secreto que existe há 9 anos. Hoje, já são 18 integrantes fixas que esperam todos os meses por um dos momentos mais sagrados do ano.
Com direito a brinde personalizado e “dia off”, a arquiteta Debora Nunes Domingos conta que a festa anual evoluiu de uma maneira que ninguém havia planejado. A princípio, o grupo era menor, mas há cerca de 5 anos o número aumentou e neste chegou à composição atual.
Contando sobre como tudo surgiu, Debora narra que em 2012 a primeira das amigas se casou e dali veio o início do grupo com as então madrinhas. “Depois das festas, resolvemos fazer uma confraternização de final de ano e amigo oculto”.
Na época do amigo oculto, em 2013, a composição era diferente, e como Debora explica, quatro ou cinco amigas continuaram com o projeto. “Saíram algumas, mas entraram outras. Nós fomos nos aproximando e realmente criando uma rede de apoio”.
Nesse tempo, o casamento que originou o grupo acabou, mas até a isso as amigas sobreviveram e continuaram fazendo a festa anual. Como a arquiteta explica, nem mesmo divergências políticas fizeram com que o amigo secreto fosse suspendido.
“Podemos ser um grupo atípico porque a gente não discute política ali. Temos pessoas diferentes com divergências e ideologias diferentes, mas isso nunca afetou nosso relacionamento. A gente se respeita muito e não é um assunto que é conversado com o intuito de fazer a outra pessoa mudar de ideia”, conta Debora.
Exemplo de quem começou a integrar o grupo depois, Juliana Ferreira Abes Xavier detalha que as novas participantes surgiram graças aos namorados e maridos. “No fim, nós somos amigas porque os homens já eram amigos”, diz.
E, mesmo tendo conhecido as amigas depois, a união deu tão certo que neste ano foi ela quem organizou o evento. “O amigo secreto é a única oportunidade que todo mundo se esforça para não perder. A gente faz dele algo sagrado para que nós consigamos curtir sem os filhos e maridos”.
De antecedência até lista
Para a festa realmente dar certo, as amigas contam que alguns detalhes são ajustados em conjunto à importância que cada uma aplica. Uma das amigas, Duanne Moreira explica que, para ela, as festas vão acompanhando o momento do grupo.
"Hoje o aproveitar é mais com calma, mais tranquilo. Todas estamos com crianças pequenas, mas é muito bom porque a gente se reúne, fala bobeira, fala mal dos maridos. E a cada ano temos um brinde, um ano foi chapéu, outro ano canga, esse ano foi térmico e todo ano a gente espera uma novidade".
Debora narra que vê a confraternização como o dia de fuga dos problemas, então a organização com antecedência faz com que o dia seja garantido.
“A gente espera o ano inteiro para ficar o dia inteiro off só com as amigas. É um descanso para a nossa cabeça”, detalha Debora. Além disso, uma lista com preferências para os presentes também é indicada.
Mesmo assim, ela narra que a atenção também é importante porque, apesar da lista, presente errado já foi comprado. “Uma vez tinham duas integrantes com o mesmo nome e a menina que tirou uma delas trocou na hora de ver, não se atentou ao sobrenome e comprou o presente errado”.
E, além de ver a reunião como algo divertido, a arquiteta pontua que o fim de ano com amigas também é significativo de outros modos. “Nós vivemos as fases de início de namoro, depois ficando noivas, fomos no casamento de todas, começamos a ter filhos, passamos por chás de panela, despedidas de solteiro, chá dos bebês. É muito além de uma festa de fim de ano, acho que por isso dá tão certo”.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).