Herói da família, Mário ‘ganhou’ viatura para celebrar mais um ano

Desde o momento em que viu a viatura do Corpo de Bombeiros Militar entrando no quintal de casa, Mário Garcia não tirou o sorriso do rosto. Surpreendido pelos enteados, o “herói da família” é militar da reserva e ganhou a homenagem como mais uma forma de receber o amor por uma vida de luta e carinho.

“Vou levar essa homenagem no coração para o resto da vida”, resumiu Mário depois de agradecer aos bombeiros que fizeram parte da homenagem e à família que conseguiu organizar tudo. Responsável pela ideia, o Subtenente da Polícia Militar Cleiton da Silva Lima conta que entrou em contato com a corporação dos bombeiros e recebeu a autorização para a homenagem.

Contando sobre a história de Mário, Cleiton explica que o padrasto nasceu em Ribas do Rio Pardo e trabalhava com o pai em comitivas boiadeiras. “Veio para Campo Grande servir ao Exército, deu baixa e foi para São Paulo ainda jovem. Ingressou no Corpo de Bombeiros, permanecendo por 32 anos”.

Entre os destaques citados pelo policial estão as atuações do padrasto em grandes incêndios, “entre eles está o do Edifício Andraus, em que salvou inúmeras vidas. Por tais atos, seu nome e foto estão afixadas na sala e galeria dos Heróis do Comando Geral do Corpo de Bombeiros de São Paulo”.

Ainda em São Paulo, Mário deu início à sua família e teve netos, mas após sua reserva, se divorciou e voltou para Campo Grande. Por aqui, ficou viúvo e se casou novamente com Carmen, mãe de Cleiton e outros quatro filhos, todos crianças na época.

“Nós somos cinco irmãos, onze netos e três bisnetos”, explica Cleiton sobre a família. E, além de dedicar sua vida ao serviço público, Mário também incentivou que Cleiton entrasse no serviço militar.

Hoje, Cleiton tem 30 anos de carreira e, apesar de estar na Polícia Militar, ingressou na Aeronáutica. “Nosso querido padrasto entrou em nossas vidas quando ainda éramos crianças, foi um anjo enviado por Deus para ajudar minha mãe Carmen na criação de seus cinco filhos. Com muito amor, bons conselhos e incentivo, nos ajudou em nossa formação como pessoas e profissionais que somos hoje”.

E sobre considerarem o padrasto como um herói, os enteados pontuam que os motivos vão desde sua atuação como bombeiro quanto pela presença na família.

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