Homenagens a patriarca e matriarca de 100 anos marcam união dos Guazinas
Primeiros Guazinas chegaram a Mato Grosso do Sul no início da década de 1920
E pela oitava vez, a família Guazina se reúne em uma linda festa que já é tradição entre as gerações. Com quatro costelões assados à moda fogo de chão, o dia começou com homenagens aos descendentes mais velhos e em seguida um almoço embalado por música ao vivo.
Com muitas crianças na comemoração, a previsão é de que os encontros não devem acabar tão cedo. Para quem é de fora, como a equipe de reportagem, percebe rapidamente o quanto os Guazinas amam a união da família.
Logo na entrada, uma mesa recheada de doces caseiros chamava a atenção de quem é apaixonado pelas sobremesas típicas. Na parede, mural de fotos antigas trazia a nostalgia necessária para uma celebração cheia de amor. Para este ano, lindos panos de prato e copos personalizados com o nome da família foram as lembrancinhas da festa.
Como toda boa festa, o encontro ganhou uma comissão organizadora e o presidente Jorge Renato Guazina garante que antes de encerrar a festa, o local do próximo encontro já é pré-definido. “A festa do ano passado aconteceu na fazenda da Nelly, em Amambai, e lá nós montamos essa comissão. Ficou estabelecido que a festa aconteceria aqui em Campo Grande e realizamos 10 encontros da comissão para organizar tudo”, explica.
A programação oficial definiu a festa para sábado e domingo, mas teve até um “esquenta” na sexta-feira com familiares que chegaram do Rio Grande do Sul e do interior do Estado, para se acomodar nos 67 apartamentos da Estância 4 Estações, na Moreninha.
Sem parar um minuto, uma das participantes da comissão é Mari da Silva Guazina. Ela explica que o objetivo da festa é manter os laços entre os descendentes Guazina. “Neste ano tivemos dois homenageados minha tia e meu pai. Eles representam a hierarquia mais alta da família. Da geração deles, são os únicos vivos. Neste ano, além de cidades do interior do Estado, temos parentes que vieram do Rio Grande do Sul”, explica.
Uma das prioridades é envolver fornecedores da família. A dona da Estância, por exemplo, a empresária Renata Marques Cabral, é neta de Corina Marques Guazina. “É uma experiência maravilhosa, encantadora. É mais que um evento, é um encontro de almas, de família, que hoje em dia é relíquia. Então eu tenho um grande prazer de participar como integrante da comissão e d evento de forma geral”, pontua.
Neste ano, o churrasqueiro foi Braunei Batista, que também é neto de Corina. Os trabalhos começaram às 4h para que o almoço fosse servido no horário. “Hoje fizemos quatro costelões, mas também assamos carne de porco, frango e linguiça”, explica.
Sem pensar duas vezes, Aucyr Guazina, de 87 anos, conhecido como “Neném”, fala da felicidade de ser homenageado e de poder ver a união de toda a família. “Poder alcançar essa data é uma grande felicidade. Apesar dos pesares estou muito feliz. Eu gosto de tudo aqui. De olhar, participar, inclusive, participo desde o primeiro encontro. É um orgulho. Estou velho, mas quero participar”, conta.
A esposa de Aucyr, Santa Inês da Silva Guazina, de 77 anos, participa até das reuniões de organização. “Eu acho maravilhoso esses encontros, porque eu gosto muito de festa. Participo das reuniões e dou opinião. Eu costumo dizer que sou Guazina, tanto quanto eles, sou muito feliz”, frisa.
A matriarca Jaci Alice Guazina Brum, que atingiu um século de vida, resume que a família deve sempre estar em primeiro lugar. Nascida e criada no município de Amambai, é conhecida como dona Teté.
“Estou muito feliz em ser homenageada. A festa está linda e gostosa. Acho maravilhoso ver todas as gerações reunidas, porque a família é o principal na vida das pessoas. É muito importante para preservar a família”, garante.
Casada com Edinaldo Fernandes de Aquino, um dos bisnetos Guazina, Luziane Damasceno Aquino pontua que até quem não se conhece, passa a conhecer. “Isso é muito bom hoje em dia. É raro. É bonito ver porque hoje em dia os valores da família andam se perdendo muito fácil. Então é muito bonito, ver a família unida. Até os que não se conhecem acabam se conhecendo”, garante.
Ao lado do marido Bruno e filho Caio, Carla Guazina participou de todos os encontros. “A parte mais importante é a integração da família, porque no dia a dia a gente não consegue encontrar todo mundo. Normalmente a gente encontra com os familiares mais próximos e os mais distantes é difícil se encontrar. Um evento desse integra a família”, afirma.
Neli Guazina Fernandes é filha de Ocídio da Rosa Guazina e sobrinha de dona Jaci. Ela recebeu a festa no ano passado. “Foi bem difícil reunir todos. Mas família é família. A gente tem que sempre tentar puxar. Lembro quando fui na festa de Dourados, em 2017, eu não conhecia ninguém. Era minha família que eu não conhecia, então, para mim foi muito importante. A cada encontro você conhece mais pessoas”, afirma.
Gaúchos de Porto Alegre, Capão da Canoa, Santa Maria e São Gabriel chegaram em Campo Grande na quinta-feira.
De Capão da Canoa (RS), João Barobé quer que a festa continue em Campo Grande. “Acho maravilhosa essa festa aqui e gostaria de continuar vindo aqui porque esse povo é maravilhoso”, afirma.
João Francisco Brum veio de Santa Maria (RS) e participa pela segunda vez do encontro. “A minha avó era irmã da primeira Guazina a vir para cá. Esse tipo de encontro é maravilhoso, mas nossa família nunca perdeu esse laço, nunca se distanciou muito. Tanto os Guazinas, quantos os Bruns. Nós sempre tivemos esse afeto, um lance muito forte de família de perpetuar e de continuar. Não é toa que você os molequinhos novinhos correndo por aqui e meu pai com 80 anos aqui na mesa. É sensacional”, frisa.
Confira mais fotos da festa na galeria abaixo:
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