Kamilla não pode engravidar, mas adotou Penelope que tem até quarto
Nesse caso, a cadelinha é filha mesmo e ocupou um vazio no peito da família
Desde que a Penelope chegou na vida de Kamilla Alencar, 32 anos, tudo mudou. A sintonia do primeiro olhar entre as duas aconteceu quando a autônoma passava por um pet shop. Mas o medo de adotar bateu mais forte. "Tive muita dúvida se saberia cuidar. Me questionei como seria. No fim das contas, não deu nem um mês e retornei para buscar o amor da minha vida, minha filha", contou Kamilla.
Em março, Penelope completará três anos, justamente o tempo que a vida de Kamilla ficou mais colorida. Isso porque, depois de alguns tratamentos, ela descobriu que não poderia engravidar. "Até tentei fazer cirurgias, mas meu pai também acabou ficando doente e meu psicológico abalado, então, não tive mais ânimo".
Por este motivo, a pet tem um espaço mais que especial no coração de Kamilla e seu esposo. A pequena é tratada como se fosse filha. Tem quarto próprio, ao fazer suas refeições, também se senta a mesa e quando não a coloca em sua cadeira, Penelope sem pedir licença, sobe sozinha como quem espera ser servida.
Penelope é bem como filhos únicos, mimada. Quando faz arte, a mãe passa um pano bonito. Mas se for muito grave, encontra formas de educar. O ponto fraco, ela sabe que é o pai. Então, coisas que a mãe não deixa, ela corre ao colo do pai Idelvã e sabe que alguma coisa irá conseguir. Bem danadinha.
A pequena cachorrinha adora viajar, quando Kamilla coloca nela a mochila nas costas, é como se já soubesse que vão se aventurar em algum lugar por aí. "Não viajo sem ela. Nunca deixei em hotel para cachorro e morro de medo de deixar sob cuidados de outras pessoas, vai saber se vão cuidar direito, falar com ela direito, tem gente que não tem mesma paciência que eu", comentou Kamilla.
A dupla de mãe e filha até saboreiam alguns pratos em restaurantes de Campo Grande. Kamilla sempre procura por aqueles que aceitam pet e quando não ofertam comida para cachorro, ela mesma leva uma marmitinha com todos os pratos e talheres que são utilizados para as refeições. "Tem comidas que ela pode comer, sabia? O veterinário dela quem faz essas indicações, até porque, ela não aceita muito bem a ração, então, tenho que suplementar para suprir essa falta de vontade de comer ração", revela.
Penelope segue a tradição do pai, é palmeirense. Os dois também são muito companheiros. Ele até cozinha para ela. Na hora de guardar a motocicleta, tem que esperar a bonita para o ritual, senão vira aquele chororô em forma de latido.
Kamilla explica: "A gente trata como filha mesmo. Algumas pessoas até pensam que é exagerado e se acham no direito de me falar para adotar um filho e até mesmo dizer que tenho que tratar como cachorro, mas eu discordo. Penelope é como se fosse ser humano e muito mais educada e inteligente que muita gente por aí. Quando limpo casa, por exemplo, explico que farei isso e ela respeita e não entra até eu terminar. Então não tem porque as pessoas me dizerem isso sendo que não afeta nada na vida delas", confessou.
Esses dias, do nada, Penelope ficou quieta. Um silêncio bem incomum. O casal ficou preocupado a ponto de levar ao veterinário. Ao chegar, descobriram que era emocional, porque Kamilla precisou ficar com pai no hospital por alguns dias e Penelope ficou com o pai. A saudade foi tanta que a estripulia perdeu o brilho. "Ela é muito amor da minha vida", finalizou Kamilla.
Acompanhe o Lado B no Facebook, Instagram do Campo Grande News e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).