Leila saiu de MS para brilhar como um leão no São Paulo Fashion Week
Leila Yallouz é campo-grandense e já chegou ao novo endereço pisando na passarela mais importante do país
Apenas três semanas separam o dia da mudança da modelo campo-grandense Leila Yallouz para São Paulo e o do primeiro desfile da carreira no SPFW (São Paulo Fashion Week). Ela modelou para dois estilistas no evento de moda mais importante do país, realizado entre 8 de 12 de novembro, enquanto se adaptava ao novo endereço e à nova vida.
A escolha de mudar-se foi feita com base em "certeza relativa", como ela define. Parou o curso de Odontologia em uma universidade pública para aproveitar não só essa, mas outras oportunidades que a esperam.
"Foi uma das minhas decisões mais difíceis. Sou muito ligada à área acadêmica e a odontologia está no meu coração. Tem coisas que precisamos fazer. Calhou de tudo dar certo na minha trajetória, para que eu começasse a fazer entrevistas em São Paulo, ser convidada e decidir ficar por aqui", explica sobre a certeza relativa.
O caminho para entrar no mercado da moda no maior centro urbano do país tem início em Campo Grande, quando Leila foi convidada para ser modelo de maquiagem entre os 14 e 15 anos de idade. Dali, foram cinco anos aprendendo coisas sobre esse mundo, inclusive chegando a ser professora de modelos iniciantes.
Sonho? - Aos 20 anos hoje, ela questiona a ideia de que optar pela carreira na moda seja apenas seguir um sonho. "Vejo como uma profissão em que a gente também estuda, também aprende e atende clientes. Sou contratada e trabalho para contratantes, modelando", justifica o ponto de vista mais realista.
Leila teve apoio para deixar Campo Grande, principalmente dos pais, com quem teve a conversa sobre o tal sonho de ser modelo antes de mudar-se. A mãe é arquiteta e o pai músico, baixista da O Bando do Velho Jack. "Os dois são das artes e nunca me desestimularam", conta.
Ter boas experiências anteriores na cidade natal contou muito para a virada. "Fiz casting, look book, editorial, campanhas para lojas como a Anita Calçados e participei do MS Fashion Week. O nível dos trabalhos foi crescendo e chegando a um ponto que me fez querer expandir", diz Leila.
Sem desprezar o mercado campo-grandense, ela fala que encontrou mais técnica no paulistano. "Tem muitas coisas diferentes. O profissionalismo é mais apurado. Tem técnica de cabelo, de maquiagem. Reparam em tudo antes de você entrar, não tem a chance de ter uma etiqueta para fora. São muito detalhistas, isso é muito legal", relata.
Ralação - Glamour só na passarela. Os bastidores são correria atrás de correria.
Desde Campo Grande, ela se dividia entre o trabalho como professora e modelo e a faculdade. Saía de um lugar e já ia para outro. "Em mercados como o da minha cidade, tem que lutar por coisas que são realmente básicas. É tempo, são os cachês... todo pequeno resultado é fruto de muita dedicação", lembra.
Em São Paulo não está sendo diferente nesse quesito. A agenda da recém-chegada já está apertada.
Traços - O sobrenome Yallouz de Leila vem dos antepassados egípcios. Ela também tem herança genética de russos e espanhóis. Tudo isso misturado com os traços brasileiros carregados da mãe paulistana e do pai carioca.
Ela reforça que não só a aparência conta: "é um mercado muito profissional e você tem que saber incorporar o que cada estilista quer trazer para os desfiles, o jeito de caminhar, o que tem que mexer, por exemplo".
Confira alguns trabalhos da modelo aqui.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.
Siga o Lado B no WhatsApp, um canal para quebrar a rotina do jornalismo de MS! Clique aqui para acessar o canal do Lado B.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).