Lembranças de Natal tem de tudo, até maionese que deixou saudade
Leitores compartilham quais são as recordações que marcaram os natais passados
O Natal é uma data que desperta diversas emoções, reacende lembranças adormecidas e nos faz querer estar perto daqueles que amamos, sejam parentes ou amigos que a vida deu. Nesta época do ano, a saudade também se faz presente, por isso, é normal desejarmos compartilhar mais um momento especial com aquela pessoa que já se foi.
Para celebrar essa data, o Lado B trouxe a história de leitores que recordaram as lembranças mais marcantes que têm quando o assunto é Natal. Alguns entrevistados ficaram emocionados durante a entrevista e conseguiram deixar a equipe de reportagem na mesma situação.
É o caso de Erli Cezar de Oliveira, 63 anos, que compartilhou um importante aprendizado que o Natal proporcionou. Para quem vivenciou situações tristes neste período, quando era criança, hoje, o aposentado dá uma lição de vida.
De acordo com ele, o Natal sempre o faz recordar a fase dos sete anos, tempo em que passava necessidade. “Ficou marcado pra mim passar o Natal injuriado e triste, porque não tinha nada pra comer. Todo mundo ganhava presente, tinha um franguinho, mas eu não tinha nada. Cresci com aquilo e falei pra mim mesmo: um dia vou crescer, trabalhar e ter minha família”, inicia.
Agora, Erli faz questão de montar a própria mesa de jantar e convidar os familiares para celebrarem com ele. “Hoje, dou graças a Deus por ter meus parentes que vem cear comigo, é sagrado. Todo ano quero uma ceia de Natal, que seja na minha casa ou na dos parentes, é um prazer para mim”, afirma.
A ceia em família também é uma recordação carinhosa para Liria Martins Gonzales, 38 anos. Ao lembrar dos natais anteriores, ela relata que sente saudade de um prato que só a mãe sabia fazer. “Faz um ano e seis meses que perdi ela por covid-19. Sinto falta das festas que minha mãe fazia em casa, reunindo a família e a maionese com beterraba. Era a clássica dela. Eu posso tentar fazer, mas nunca sai igual a dela”, fala.
Após o falecimento da mãe, Liria comenta que não abre mão das ocasiões que costumam reunir toda a família. "Somos três irmãos. Depois que minha mãe morreu, resolvemos ficar mais unidos, então vamos passar juntos, todos na minha casa”, explica.
Questionado sobre qual era memória mais significativa de Natal, Marcelo Felipis, 40 anos, nem precisou pensar muito. Para ele, a ceia e a decoração eram coisas secundárias, pois a mais importante era a garrafa de tubaína. A bebida não podia faltar na mesa e tinha que ser suficiente para todo mundo. Por isso, ele comprava uma caixa cheia de garrafa.
Devido às viagens a trabalho, Marcelo não consegue mais realizar a proeza. "Já faz seis natais que trabalho viajando. Só não foi igual ano passado, por causa da pandemia”, explica. Além da tubaína, ele revela mais uma lembrança querida. “Tinha aquele bolo grandão que minha mãe fazia de cereja”, finaliza.
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