Com frases de valorização, coletivo Akalanto quer mostrar o que é feminismo
Algumas marcas de MS se reuniram para criar produtos com mensagens de incentivo a outras mulheres e assim fortalecer o movimento
Mato Grosso do Sul ganhou mais um novo coletivo de roupas autorais, feitas por moradoras do Estado para explicar o que é feminismo. A palavra ainda faz muita gente revirar os olhos sem ao menos saber qual realmente é o objetivo do movimento, por isso, surgiu o Akalanto. “Percebemos que existe a falta de informação”, afirma Patrícia Rosa.
Ela é do movimento feminista, criou uma marca com seu nome e desde 2019 resolveu criar frases para estampar camisetas. “Muitos não entendem o realmente o que é o feminismo, que é diferente do que pensam. A ideia é usar os produtos para passar a informação, com frases de incentivo, bem humorada que falem sobre o universo feminino”, explica.
Além da Patrícia Rosa, o coletivo reúne outras marcas como Zozô, Burke e conta também com almofadas, canecas, tiaras e muito mais. O nome do coletivo tem uma explicação, pois Akalanto é o aconchego de um abraço. Um abraço que acolhe e permite sonhar.
Patrícia comenta que o machismo é uma construção social, por isso é necessário falar sobre o feminismo também. “A gente consegue perceber isso porque tem se discutido mais. Tem mulheres machistas, mas no caso delas, temos que entender porque o contexto é sempre o mesmo. Ela é criada no mesmo mundo que o homem e desde cedo, tem coisas que a família não discute, como quem vai lavar a louça se é o menino ou a menina. É lógico que o serviço fica pra irmã”.
Se a palavra feminismo tem causado estampo por conta da discussão, o coletivo vai fazer diferente. “É outro jeito, vamos falar de se cuidar, se amar, não se culpar. São esses pontos que queremos discutir através dos produtos. Queremos conversar com elas para falar que o feminismo é equidade”, destaca.
Entre as frases que estampam as camisetas estão “Eu me tornei a mulher que admirava”, “Não foi culpa sua”, “A luta me define”, etc. “São frases das nossas vidas, do universo feminino”, conta Patrícia.
Os valores dos produtos variam de R$ 35,00 a R$ 40,00 e eles podem ser encontrados no Laricas Cultural ou através do site da Akalanto. No domingo, Patrícia Cunha lançou mais uma moda para o carnaval deste ano, que chama “Eu quero botar meu corpo na rua”.
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