No casamento do fotógrafo com videomaker, o mais divertido foi fazer o registro
Na mesma proporção dos sorrisos e lágrimas, brotaram também câmeras de tudo quanto era lado no casamento do fotógrafo com a videomaker. No início do mês um dos profissionais de Campo Grande mais requisitados para registrar o "sim" subiu ao altar. Lusival Junior e Beatriz Balog, trocaram alianças na Praia de Buraquinho, na Bahia, em uma cerimônia que reuniu fotografia e imagem, onde o que não faltou foi criatividade e gente para executá-la.
Os dois se conheceram na igreja onde frequentam, Adventista. Lusival diz que se apaixonou primeiro pela linda voz dela, até conhecer Beatriz melhor e ver que de linda ela não tinha só a voz. O casal planejou o casamento por um ano, depois de começarem a namorar em 2013.
"A primeira coisa que já havíamos estipulado é que o casamento seria durante o dia, ao final da tarde e no por do sol. Para gente era o cenário perfeito. Ainda mais com uma praia de fundo e apenas 70 convidados", descreve a videomaker, Beatriz Balog, de 23 anos. Ela entrou na carreira por influência do noivo e hoje registra em filmes o grande dia dos outros.
A escolha dos fotógrafos e do filmmaker foi o primeiro passo do casal. De fotógrafos oficiais, contratados, foram dois: Felipe Blanco e Trinidad Rios, da BlancoRios Foto. Ele baiano e ela chilena, uma mistura considerada "bem interessante por eles". E para o vídeo, o argentino Ismael Gonzalez, filmmaker muito reconhecido no país de origem.
Extra-oficialmente, como muitos dos amigos são do mesmo ramo profissional, eram seis fotógrafos e três filmmakers entre os convidados. "André Barbosa, Allan Kaiser, João Estevam e Milena Rodrigues, os nossos amigos Ricardo Raposo e Lay Karru, que fizeram algumas fotos lindas também e de filmmakers: Mayk Brito, Rodrigo Rezende, Carol Lu", enumera Lusival.
Ao todo o cerimonial contou pelo menos 11 câmeras profissionais no casamento. Por trás delas estavam convidados que não deixaram o ofício de lado e até como padrinhos, no altar, decidiram registrar o momento pelas suas lentes. Amigo e colega de trabalho do noivo, André Thomé Barbosa, de 25 anos, admite: "todo mundo sabia que ele tinha contratado equipe, éramos todos convidados, só que fotógrafo não anda sem câmera. A gente respira fotografia", se explica.
Se ver fotografado foi legal e como os noivos confiavam nos profissionais/amigos, ficaram sossegados. "Quem estava fotografando eram os meus amigos, até os contratados eram 'brothers'. Me senti livre pra sentir e viver meu casamento, sem ficar pensando que estava sendo fotografado apesar de ter tantas câmeras para todo lado", narra o noivo.
Quando se está do outro lado, ser fotografado fez com que Lusival esquece o roteiro dos casamentos, já decorados por tantas vezes assistidos. "De tantos casamentos que eu já diz, sei a ordem de tudo, mas no meu eu tive a sensação de que estava num casamento pela primeira vez", admite Lusival.
Padrinho e amigo do noivo há pelo menos 15 anos, Mayk Brito é filmmaker e esteve com a câmera nas mãos até a hora de cruzar o tapete até o altar. A ferramenta de trabalho foi entregue a outro profissional, Rodrigo Rezende, mas recuperada assim que terminou a entrada de todos os padrinhos.
"Ele disse que gostaria que eu filmasse, mas não abria mão de mim como padrinho. Falou que contrataria pessoal, mas para eu levar as coisas e se pudesse, filmar também", recorda Mayk. Ele e o noivo começaram a trajetória de registrar casamentos juntos, em 2013, por incentivo do também amigo, fotógrafo Allan Kaiser.
"A gente não ia conseguir ficar sem trabalhar e é meu primeiro amigo que se casa, eu queria mesmo era filmar tudo, fazer o melhor para ele. Mas não tinha como fazer e ser o padrinho", completa Mayk, da produtora Oneyes Films. Então ele, o noivo e as amigas Chloe Pissini e Jessica Arruda, tiveram a ideia de produzir um vídeo mais divertido, pós-cerimônia.
"A ideia era zuar e bagunçar, juntamos então padrinhos, madrinhas e amigos do casal, colocamos para tocar o hit 'Harlem Shake' e pedimos para cada um inventar o que fazer de maneira criativa", descreve Mayk. O resultado está logo abaixo.
Além deste, eles criaram também um novo desfecho para a cerimônia, onde o noivo dizia "não" à pergunta do pastor. "Todos os vídeos foram feitos após a cerimonia oficial, no final da festa, antes de pularmos na piscina. Tem pessoas em dúvida, perguntando se foi real, contudo foi uma grande brincadeira, apenas diversão com a família e os amigos", esclarece o noivo.
Lusival disse sim à Beatriz. E de testemunha, tem um monte de fotógrafos e profissionais do vídeo que registraram. O casal ainda não somou as fotos, mas devem ser centenas entre as oficiais e as dos amigos, como essas abaixo, do André Thomé Barbosa.
Se depois que o fotógrafo casou com a videomaker, os clientes saem ganhando? Lusival brinca que as noivas, com certeza sim. "Porque nós dois vivenciamos isso junto. De hoje em diante a gente vai sentir muito mais a emoção transmitida pelos noivos", resume.
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