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Consumo

Tradicional no Nova Lima há 28 anos, bicicletaria vende até biquíni

Família começou com uma oficina tradicional, mas com o tempo transformou a loja em um “tem de tudo”

Aletheya Alves | 01/09/2022 07:11
Marilene e Alex, seu filho, contam sobre como a loja tomou rumos diferentes com o tempo. (Foto: Kísie Ainoã)
Marilene e Alex, seu filho, contam sobre como a loja tomou rumos diferentes com o tempo. (Foto: Kísie Ainoã)

Há 28 anos, a família Marques se mudou para Campo Grande em busca de uma nova vida com a ideia de abrir o próprio negócio. Naquela época, quando criaram sua bicicletaria, Marilene Martins Brandão e Faustino Moreira Marques não imaginavam que anos depois teriam até biquíni e calcinha sendo vendidos em meio aos aros e pneus.

Enquanto o nome do comércio, localizado na Rua Jerônimo de Albuquerque, continua sendo o mesmo do inicial, a maior parte do que é vendido na Ciclo Marques mudou. Contando sobre como uma oficina e loja de bicicletas se transformou em um espaço com acessórios, bonés, peças de skate e até roupas íntimas, Marilene explica que tudo foi acontecendo para que as portas continuassem abertas.

Retomando a história inicial, a empresária narra que ela e o marido saíram de São Gabriel do Oeste e chegaram ao Nova Lima pensando em um futuro melhor. Assim como a loja, todo o bairro era diferente e, ainda assim, ela explica que viu um lar ali.

“Não tinha asfalto em lugar nenhum, nem luz tinha direito. Começamos em um espaço pequeno só fazendo conserto de bicicletas e aos poucos fomos aumentando”, conta Marilene.

Marilene e Faustino ainda no início da Ciclo Marques. (Foto: Arquivo pessoal)
Marilene e Faustino ainda no início da Ciclo Marques. (Foto: Arquivo pessoal)
Desde quando foi criada, a loja passou por reformulações. (Foto: Arquivo pessoal)
Desde quando foi criada, a loja passou por reformulações. (Foto: Arquivo pessoal)
Marilene conta que o espaço era destinado apenas para consertos. (Foto: Arquivo pessoal)
Marilene conta que o espaço era destinado apenas para consertos. (Foto: Arquivo pessoal)

Com o tempo, a oficina ganhou maiores proporções e foi se tornando uma das lojas tradicionais do bairro. Sem grandes mudanças, a ideia de trabalhar apenas com bicicletas continuou até meados de 2014.

De acordo com Marilene, parte da clientela continuava fiel, mas não o suficiente para manter o ritmo de sempre. Foi assim que, em conjunto ao filho mais velho, Alex, os proprietários começaram a ampliar as mercadorias da bicicletaria.

Vendo que o ritmo do comércio estava caindo, Alex teve a ideia de incorporar itens de skate e algumas roupas. Ainda de modo tímido, ele conta que foi realmente aos poucos que a mudança aconteceu.

“A gente foi testando, algumas coisas deram certo e outras não. Hoje tem de tudo aqui, até brinco que é a única bicicletaria do mundo que vende calcinha”, diz Alex.

Desde então, a loja manteve as vendas de bicicletas e o nome característico, mas acabou encerrando o primeiro serviço que ofereceu. “Nós encerramos a oficina fim do ano passado, mas ainda temos peças de bicicletas, as bicicletas em si e acessórios para elas”, o filho detalha.

Hoje, a bicicletaria vende até chinelos e brinquedos. (Foto: Kísie Ainoã)
Hoje, a bicicletaria vende até chinelos e brinquedos. (Foto: Kísie Ainoã)

Garantindo que ainda há muita coisa para incorporar na loja, a família completa que os 28 anos de história do espaço também são as narrativas do próprio bairro. E, que enquanto há muita gente com preconceito em relação ao Nova Lima, tanto os pais quanto os filhos dali seguem apaixonados pela região.

“A gente veio para cá, construímos nossa vida e gostamos demais do bairro. Quando chegamos aqui realmente era bem diferente, era difícil, mas hoje é muito bom. Vamos manter a loja aberta e continuar aqui pelo tempo que pudermos”, finaliza Marilene.

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