Casarão de 1920 e piscina natural são atrativos para um bate e volta
Pertinho de Campo Grande, atrativo que existe há 10 anos é opção para se refrescar no calorão
Na estrada que liga Campo Grande a Terenos, bastam poucos quilômetros de estrada vicinal para encontrar uma fazenda com belezas naturais e muita água fresca para quem busca um jeito de tomar banho e se refrescar no calor cada vez mais intenso em Mato Grosso do Sul. E é perfeito roteiro para quem aprecia histórias diferentes, como a de um casarão que começou a ser construído em 1920 e hoje é um atrativo para quem ama tirar fotos.
O passeio pode ser feito em uma manhã ou tarde. Trinta e três quilômetros levam visitantes até a Reserva Canindé, localizada dentro da Estância São Francisco, propriedade de 198 hectares, com 80% de área preservada e natureza abundante em volta.
O ponto alto do lugar é a piscina de água natural de 2400 metros quadrados. Independente do sol escaldante que faz na região, principalmente no verão, a água da piscina é sempre refrescante. Em volta, há uma paisagem muito bonita, com árvores, flores e morro para quem precisa se desligar um pouco da rotina estressante da cidade.
O lugar não tem luxo, e esse é o objetivo dos proprietários. “A gente quer um ambiente natureza, com mais plantas do que uma construção gigantesca. É um lugar pra família relaxar de modo simples. Pra gente o maior luxo é essa natureza em volta”, explica Francisco Rafael Ramirez, 40 anos, um dos proprietários, que hoje mora no local e administra a fazenda junto ao pai, José Roberto Ramires, 74 anos.
De quarta a domingo, das 7h às 18h, quem paga para entrar tem direito a levar a própria bebida e comida, exceto garrafas e itens de vidro, narguilé e cigarros eletrônicos, especificam os donos. Há também 40 quiosques para quem optar fazer o próprio churrasquinho, que são liberados por ordem de chegada. Para quem não quiser ter trabalho, no local tem lanchonete com venda de bebidas e porções.
Com um pequeno tobogã e uma bica de água natural, famílias se refrescam e curtem o espaço até mesmo em dia de semana. “Estamos em funcionamento há 10 anos, temos muitas famílias que visitam o espaço desde o começo. Na pandemia ficamos seis meses fechados e agora estamos voltando aos poucos, ainda com capacidade reduzida, mas já aprimorando alguns detalhes para a chegada do verão”, conta Francisco, mais conhecido na região como Chicão.
Ele conta que a propriedade foi adquirida pelo pai em 1984, que iniciou no local a produção de banana irrigada. Anos depois, depois de muitas famílias e funcionários entrarem na fazenda para aproveitar o rio próximo dali, seu José Roberto decidiu que estava na hora de investir na propriedade para o lazer de famílias.
“Todo mundo gostava de vir, mas isso acabava deixando meu pai irritado”, lembra. “Então um dia ele sugeriu que a gente fizesse algo para cuidarmos do espaço junto e o pessoal todo ficar feliz, foi quando construímos a piscina”, acrescenta.
Desde então o local está sendo construído e cuidado pela família. E o acesso até a piscina rende outra curiosidade, que também é paraíso para quem ama tirar fotos. Na fazenda há um casarão que, segundo Francisco, começou a ser construído em 1920.
O antigo dono era Afonso Pires, que ergueu uma casa com térreo e outros três pavimentos. “Ele veio para cá na abertura da primeira fazenda do Ministério da Agricultura, a Fazenda Modelo. Então ele fez essa casa e morou durante todo tempo em que esteve aqui”.
Com estrutura danificada, hoje não há permissão para entrada de visitantes na casa. Só é possível observar de fora e tirar fotos. O casarão mistura alvenaria e muita madeira, vigas de aroeira ainda estão aparentes. Nas paredes, além de rachaduras, há muitos rabiscos, frases e assinaturas feitas nos últimos 10 anos.
O sonho dos donos é fazer uma restauração e manter o que resta da estrutura, já que outra parte da casa, mais antiga, desabou. “Nosso sonho é restaurar, mas ainda não consegui a liberação junto ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), também será necessário um dinheiro alto”, explica. “Mas é um desejo que vamos lutar por ele, para que ela continue sendo um atrativo”.
Além da diversão, Chicão e pai trabalham com a produção de coco e mandioca na fazenda. “É um trabalho diário, mas muito gratificante perto de uma natureza como essa”, finaliza.
O acesso de volta para casa também é inspirador. A paisagem entre morros rende muitas fotografias. A estrada estreita se divide em partes de pastos e matas fechadas. Contudo, apesar de placas pedirem respeito, muita gente nada contra a educação e joga lixo pela estrada, por isso, os donos da reserva fazem um mutirão toda segunda-feira.
“Nós recolhemos o lixo da estrada de terra até o asfalto, é um jeito de a gente continuar cuidando e também mantermos nossa boa relação com os nossos vizinhos. Infelizmente tem gente que não respeita, mas nem por isso eu vou deixar de cuidar”, acrescenta o dono.
Quem quiser visitar o local, a partir desta quinta-feira, 1° de outubro, o valor de entrada por pessoa é R$ 50,00.
Para chegar ao atrativo (clique aqui).
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.