Eita: “antivacina” perdeu a vez na fila da pegação de Carnaval
Em Carnaval da pandemia, galera diz que vacinação contra covid-19 virou critério na hora de beijar na boca
Após quase dois anos sem folia, as festinhas particulares foram respiro para quem estava com saudade do Carnaval. Mas será que com o risco ainda presente de casos de covid-19, a galera passou longe do beijo na boca?
Na noite de ontem (1º de março), o Lado B esteve no Farofolia, que lotou com gente em busca de aproveitar o último dia de festa e fortalecer o evento LGBTQIA+. Na multidão, vimos pouco beijo na boca e muita gente a fim de dançar até o chão.
Mas entre os que tiveram coragem de encarar a pegação, rolou novo critério para beijar. Teve quem perguntasse sobre vacinação antes do beijaço.
“Solteiro e largado”, Joshua Antoni Pereira Monteiro, de 21 anos, beijou dois na noite de ontem e afirma que, para ele, “antivacina não teve vez nesse Carnaval”. “Tem que apresentar o comprovante de vacinação, senão a gente entende como antivacina e sai correndo”, disse rindo.
O Yuri Matheus Costa, de 22 anos, foi curtir o Carnaval ao lado do marido. Apesar do relacionamento sério, eles abriram as portas para os beijos de Carnaval. “Eu beijei menos, ele deve ter beijado uns 30 por aí e tudo bem”. Na visão dele, o “poliamor” precisa ser mais discutido. “É Carnaval, né? Tem que todo mundo se divertir.”
Quanto aos critérios para o beijo na boca, Yuri acredita que a galera ainda beija todo mundo, mas se sente mais à vontade para curtir por conta da vacina. “Estando vacinado, já é uma passo a mais para poder curtir, ainda não são todos os passos que a gente gostaria, falta muito pra gente estar totalmente salvo, mas é um começo”, descreve.
Para Rafa Spears, de 28 anos, que está solteira há dois anos, o Carnaval foi de “0x0” no quesito beijo. “Sou moça de família, estava fazendo show e trabalhando”, justifica. Mas foi enfática quanto aos seus critérios. “É um beijo na boca e 15 dias dentro de casa para saber se está tudo bem, e ainda tem que fazer teste. Já o antivacina não poderia nem sair de casa e muito menos curtir o Carnaval.”
Giovani Oliveira, 26 anos, é solteiro e diz beijou muito na boca. Na opinião dele, a pandemia não afetou a pegação. “Acho que está tudo igual, depois de dois anos de Carnaval, tinha que beijar à vontade”. Sem contabilizar o número de beijos, ele afirma que espera mais do sábado. “Ainda terá o Enterro dos Ossos, não sei onde, mas eu vou.”
Luciano de Oliveira, 31 anos, também beijou muito na boca e disse que nem precisou fazer esforço. “Eu não cheguei a ninguém, elas que chegam”. No entanto, fez um balanço. “A sexta-feira rendeu mais, o sábado foi ruim e hoje só rendeu um beijo”, disse sobre a terça-feira.
Já um trio de amigos, todo animado, estava mesmo pronto para a dança, pois o beijo passou longe deles. “A gente veio mais para curtir, por isso, não beijamos ninguém. Mas eu espero encontrar meu par esse ano”, disse Maximiliano Moraes.
Juliana Cardoso, de 24 anos, está solteira, mas até o momento da entrevista, disse que não havia beijado ninguém. “Eu quis vir para curtir, estava com saudade dessa energia. Mas se for para beijar, só não dá para ser antivacina”, finaliza.
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