Em meio aos confetes e espumas, crianças são o charme do Carnaval de rua
Pequenos e graciosos, eles roubam a cena. A alegria do Carnaval está na folia que as crianças fazem. Fantasiados, eles provam que diversão está na simplicidade do confete jogado para o alto e na farra da espuminha. Basta só os pais ficarem atentos às matinês ou até mesmo encarar cedo o Cordão Valu que dá para a família toda se divertir.
A mamãe Mayara estava de Pedrita e o pequeno Marco Antônio, de Bambam. É o segundo Carnaval do menininho, mas a estreia dele na folia foi neste sábado. Com 1 ano e 2 meses, teve produção de fantasia e muito confete para marcar a festa.
"Como ele é loirinho e tem o cabelo liso, eu pensei em Bambam e está calor, vai ficar fresquinha e confortável para pular Carnaval", explica a jornalista Mayara Martins Caldeira, de 28 anos. A fantasia foi feita em casa mesmo, olhando modelinhos pela internet.
Também foi em casa que a mãe foi ensinando como seria a folia. "Passava Carnaval na internet ou na TV, eu já pulava com ele, para ele dançar", conta Mayara. Para o Cordão, os pais de Marco Antônio levaram confete para ele brincar e se preocuparam o tempo todo com o lugar onde ficariam e também com o horário de ir embora.
"É seguro a partir do momento que você tem noção. Não tem como ficar na muvuca, tem que ficar longe da aglomeração. Como eu já vim duas vezes e vi muitas crianças, sabia como era", completa a mãe.
De Frozen, este é o terceiro Carnaval no Cordão Valu que a pequena Lorena, de 5 anos, passa. Filha do assistente administrativo Neto Delmondes, de 32 anos, o cuidado maior era chegar cedo e ir embora antes também. "Dá para ficar até umas 6h da tarde. Tem todo cuidado, porque o bom mesmo é a criança poder curtir com os pais e todo mundo se divertir", afirma.
A fantasia era reaproveitada, do aniversário de 5 anos de Lorena. Sobre o que mais gosta no Carnaval? A menininha diz que é a "espuma" e joga para cima. "A gente traz confete, espuma e pinta o cabelo dela com spray. Tudo o que puder desenvolver para ela aproveitar esse momento", resume o pai.
Até madrinha entra na história na hora de cair na folia. Sue Kemp é funcionária pública, tem 33 anos e aproveitou para ensinar à Luísa o que é o Carnaval. As duas foram vestidas iguais, de bruxinhas, um pedido da menininha. "Ela queria vir assim, para combinar", explica Sue. O tempo todo de mãos dadas, madrinha e afilhada aproveitaram a festa com espuma e confete. "Quero mostrar para ela o samba e os outros estilos musicais, como o Maracatu", completa.
Mãe de Raquel e Thaís, Emanuelly Castro, aproveitou o que tinha em casa para vestir as meninas. Thaís tem 4 e Raquel, 1 ano e meio. A palhacinha da caçula era a fantasia que já foi da irmã. Vestida de joaninha, para a menina mais velha, a mãe só teve de comprar as asinhas. "Peguei o collant do balé e umas presilhas", descreve a mãe.
Entre os cuidados com horário e onde ficar com as crianças, Emanuelly ressalta a importância de dar muita água para os pequenos. "Eles precisam se hidratar, também trouxe comida, porque com criança não dá para comprar qualquer comida na rua".
O pai é colombiano, o filho nascido na Inglaterra e há 1 ano a família se instalou em Campo Grande para o pós-doutorado do pai. Por trás da máscara de coruja e fantasma estavam José e Martin. "Ele que deu a ideia, disse que queria ser fantasma", conta o biólogo José Ochoa, de 39 anos. Foi Martin, de 3 anos, quem fez a própria fantasia. Já é o segundo Carnaval da família. "Eu gosto muito, não tenho muita experiência, mas gosto", brinca José.
Confira aqui as matinês deste Carnaval.