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Diversão

Festa do Divino encerra Giro da Bandeira com muita devoção

A estimativa é de pelo menos 700 pessoas tenham participado da festa neste domingo

Por Idaicy Solano | 10/06/2024 07:35
A estimativa é de pelo menos 700 pessoas tenham participado da festa neste domingo (Foto: Henrique Kawaminami)
A estimativa é de pelo menos 700 pessoas tenham participado da festa neste domingo (Foto: Henrique Kawaminami)

A  Festa do Divino Espírito Santo chega a sua 27º edição em Campo Grande, celebrando a união, devoção e esperança dos fieis. O encontro foi realizado no domingo (11), no Cotolengo Sul-Mato-Grossense, no Bairro Mata do Jacinto, e começou às 8h com café da manhã, e a tradicional missa celebrada às 9h.

Na sequência, os fieis tiveram almoço e baile, com show de Marlon Maciel e o grupo Trem Pantaneiro. A festa é organizada pela Amades (Associação dos Amigos do Divino Espírito Santo). A estimativa é de pelo menos 700 pessoas tenham participado da festa neste domingo.

A celebração tem origem em Coxim, distante 253 quilômetros de Campo Grande, e já é tradição no município há 129 anos, sendo considerada a festa mais antiga de Mato Grosso do Sul, além de fazer parte do Calendário Oficial de Eventos do Estado. A festa chegou na Capital por meio dos próprios moradores de Coxim, que se mudaram para Campo Grande e resolveram trazer a tradição para cá.

A Bandeira do Divino começou o seu giro no dia 19 de maio, Dia de Pentecostes, e chegou em Campo Grande na última segunda (3). A bandeira passou por várias instituições ao longo da semana, além das residências de mais de 40 famílias.

Agora, a bandeira seguirá para Coxim, onde a festa será realizada de 12 a 21 de julho. O giro da bandeira consiste em visitar as residências e as pessoas passarem por debaixo da bandeira e fazer um pedido. Após a peregrinação, a celebração é encerrada com a festa.

Luciana Souza, 45, responsável pela organização dos eventos da Amades, relata que a equipe da cozinha começou a trabalhar às 3h para que tudo saísse conforme planejado. No almoço, foi servido churrasco pantaneiro e empamonado, um prato típico coxinense feito a base de carne e engrossado com farinha de mandioca.

“Nós dizemos que quando a bandeira do Divino Espírito Santo chega às famílias, é o próprio Deus vivo que está ali. Então nós abençoamos Campo Grande, o estado do Mato Grosso do Sul, para que esse Divino Espírito Santo se faça presente todos os dias nas nossas vidas”, expressa Luciana.

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A missa das 8h foi celebrada pelo padre Londres Cândido de Andrade, que veio da Catedral São José, de Coxim, para prestigiar a festa em Campo Grande. “É uma festa religiosa, mas também com uma grande história cultural da nossa região, de uma devoção ao Espírito Santo. Essa força é a graça, é o amor que impulsiona [os fieis]”, destaca o padre.

Para a técnica de enfermagem Joice da Silva, 42, a festa significa uma celebração de fé, devoção e esperança. “É muito bonita a festa. Chegamos as 8h, já para o café da manhã, para poder aproveitar o dia todo”, relata.

Ruberlei Bulgarelli, 51, ressalta que além de renovar a fé dos fieis, também é uma grande celebração cultural, que une coxinenses e campograndenses, e oportuniza que os coxinenses que moram em Campo Grande vivenciem esse momento de fé de propagação da religiosidade.“As pessoas se sentem realizadas por receber a bênção do divino Espírito Santo, que é uma tradição muito forte na comunidade coxinense e um alento àqueles que têm essa fé”.

O comerciário Noraldino Brito de Miranda, 61, participou de todas as edições da festa, desde sua chegada a Cidade Morena. Nascido em Coxim, a tradição segue forte em seu sangue. Para ele, a parte mais bonita de estar envolvido na organização da festa, é poder ajudar ao próximo com o dinheiro arrecadado no evento.

“Todo ano a gente tem o maior prazer em tirar um pouquinho do nosso tempo, e dedicarmos às pessoas que necessitam. Então no final a gente chega um pouco cansado, mas com a missão cumprida de poder ajudar o próximo, porque essa festa a gente reverte em prol da comunidade carente. Então isso é o que mais nos enche de orgulho”, destaca Noraldino.

Noraldino e a esposa, Gissiley, seguram a bandeira do Divino Espírito Santo (Foto: Henrique Kawaminami)
Noraldino e a esposa, Gissiley, seguram a bandeira do Divino Espírito Santo (Foto: Henrique Kawaminami)

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