Festa junina começou na brincadeira e virou evento que une vizinhança
No Bairro Santa Luzia, casal organizou celebração que fechou metade da avenida para o povo se divertir
No Bairro Santa Luzia, a festa junina começou como um encontro de amigos e clientes da conveniência do casal Suedia Francisca da Silva, de 45 anos, e Célio Roberto Dias da Silva, de 50 anos. Pelo segundo ano consecutivo, eles fecharam a Avenida São Nicolau que virou ponto de encontro da celebração.
O mais interessante é que a festa promove uma verdadeira união entre a vizinhança que se dispõe a organizar decoração, iluminação e os pratos típicos. Uma fica responsável pela barraca do pastel, quentão, arroz carreteiro, cachorro-quente e os espetinhos.
A proposta é que a celebração vire tradição no bairro e atraia cada vez mais pessoas. Suedia conta que a ideia da festa junina foi sugerida por clientes da conveniência. “Começou com uma brincadeira do meu esposo com os amigos, porque como ele tinha uma conveniência há 25 anos aqui tem clientes de longa data que falaram: ‘Vamos fazer uma festa junina? E se a gente fechar a rua?”, fala.
No ano passado, a primeira edição do evento tomou uma proporção maior do que o casal imaginava. Por isso, dessa vez, Suedia tomou precauções. “Vieram em torno de 1500, a gente esperava 400 e não deu conta de atender todo mundo. Esse ano resolvemos organizar melhor, colocar dois espaços com mesas. Estamos preparando há mais de um mês e tem uma semana que estamos organizando tudo”, explica.
Responsável pelos doces e milho, Helena Moraes, de 59 anos, é uma das envolvidas nos preparativos. Para a alegria do público, ela trouxe pamonha, curau, canjica, bolo e milho cozido. Por influência do pai, Helena cresceu na tradição das festas juninas que continuam sendo uma paixão na vida dela.
Sobre a participação na comemoração do bairro, ela relata que é um prazer poder contribuir com o doce que aprendeu a fazer na infância. “É a coisa mais gostosa de todo mundo e ela (Suedia) é amiga de muito tempo. Desde criança faço pamonha, minha mãe me ensinou, cresci, casei e continuei mexendo com pamonha”, comenta.
Festa junina não seria a mesma sem quentão e quem ficou responsável pela bebida foi Elizandra Farias, de 43 anos. De cliente da conveniência, ela se transformou em amiga dos proprietários. Além de fazer as bebidas, Elizandra quem arrumou e decorou a rua com as bandeiras e balões.
O trabalho na decoração, conforme ela, foi praticamente uma sessão terapêutica. “Pra mim é uma terapia, eu fiz uns 400 metros ou mais de bandeirolas. Então pra mim é gostoso, é uma coisa que me dá prazer e aqui é um local diferenciado. Há 1 ano comecei a vir aqui e aqui é a extensão da sua casa. É muito gostoso estar aqui e conhecer as pessoas”, pontua.
No Bairro Santa Luzia, a festa também foi animada por música, barraca do beijo, jogos e brinquedos para as crianças se divertirem.
Confira a galeria de imagens:
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).