Folião faz o próprio Carnaval, lota Esplanada e 3 quadras da Calógeras
Sem organização, população foi para local dos blocos independentes com som automotivo e fez o Carnaval de rua
Ao contrário do sábado, em que a festa terminou cedo, às 22 horas, quando o Cordão Valu encerrou a folia, o domingo (3) foi de Carnaval formado espontaneamente na região da Esplanada Ferroviária. A programação oficial do dia era somente o desfile dos Blocos Oficiais da Ablanc (Associação dos Blocos, Bandas, Cordões e Corso Carnavalesco Cultural de Campo Grande), na avenida Calógeras, mas poucos foram assistir aos blocos. A maioria, de jovens, ficou mesmo fora do circuito oficial.
Nesse ano, após a forte chuva da semana passada, a Prefeitura de Campo Grande cancelou o baile popular na Interlagos. Caso tivesse ocorrido, teriam shows para adultos e matinê no domingo, criando uma opções que há anos não existe na cidade.
Ontem, na Calógeras, a população começou a chegar e se aglomerar cedo. Boa parte se concentrou na Esplanada Ferroviária e nas proximidades do monumento da Maria Fumaça. Foi som automotivo de todos tipos, com funk e axé.
A festa se espalhou e foi ocupando cerca de três quadras da Calógeras, até a Cândido Mariano. No começo, o público do Carnaval de rua até se confundiu com os integrantes dos blocos que desfilariam e que tinham como ponto de concentração às proximidades dos Correios.
Por volta das 23 horas, o público já estava claramente separado por um buraco na avenida Calógeras. De um dos lados, os integrantes dos blocos que aguardavam para desfilar. Do outro, quem foi para curtir o Carnaval de rua extraoficialmente.
Por não ter tido um responsável, por volta da 1h, da segunda-feira (4), a Polícia Militar e a Guarda Municipal ainda não tinham definido até que horário o Carnaval de rua poderia continuar e como seria feita a dispersão dos foliões. Já os desfiles dos blocos oficiais do Carnaval de Campo Grande tinham a previsão de encerramento às 3 horas.
Até à 1h20, não foram registradas ocorrências em nenhum dos dois locais. Duas pessoas passaram mal, possivelmente por embriaguez. A Guarda Municipal atendeu à ocorrência de pichação no Hotel Gaspar. Também diferente do primeiro dia de Carnaval, em que havia a Cruz Vermelha para dar suporte, neste não havia nem Corpo de Bombeiros no local.