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Diversão

Internet e celular são esquemas de quem não pode parar na Copa

Paula Maciulevicius | 12/06/2014 16:40
Locutor, Célio Moreno, vai ficar entre o microfone do rádio e a internet. (Fotos: Marcelo Victor)
Locutor, Célio Moreno, vai ficar entre o microfone do rádio e a internet. (Fotos: Marcelo Victor)

O ditado já dizia, quem não tem cão, caça com gato. Quem não pode se dar ao luxo de parar tudo e ficar à frente da TV, tem esquemas programados para tentar, ao máximo, acompanhar os jogos da Copa do Mundo. O 'jeitinho' brasileiro que nossos personagens encontraram foi de apelar ao celular e aos sites que repassam lance a lance. É a forma de torcer, mesmo no trabalho. Ossos do ofício.

Locutor de rádio há 14 anos, Célio Moreno, de 30 anos, será o único da rádio onde trabalha a não acompanhar nenhum lance pela televisão. Os programadores podem por o trabalho no 'automático', mas a locução não tem jeito. A voz dele tem de sair ao final de cada música e na volta dos comerciais.

No Hospital do Coração, o clima está no verde e amarelo das camisas. Mas TV só a da recepção e do refeitório.
No Hospital do Coração, o clima está no verde e amarelo das camisas. Mas TV só a da recepção e do refeitório.

“Acabo acompanhando pela internet mesmo, os lances escritos, boa parte dos jogos a gente não assiste. Vê depois, alguns lances. Mas só. Na rádio não tem como, eu fico chateado, porque neste momento todo mundo vai estar assistindo”, afirma.

Mas e hospital? Ele mesmo levanta essa dúvida. “Eu chego até a pensar que lá é mais difícil ainda de ver. Aqui é atenção total no estúdio, mas e lá?”

A gente foi conferir como funciona o horário, lá no Hospital do Coração, a administradora Renata de Rezende Kroetz, 40 anos, explica que pela experiência de anos trabalhando em Copa do Mundo, a recepção do Pronto Socorro só atende casos graves, mas graves mesmo.

Para a equipe médica e de enfermagem, a televisão disponível é da sala de recepção. No refeitório outra televisão foi posta para os funcionários que tem de estar lá, mas podem parar um pouquinho para ver o gol. “Eles podem dar uma paradinha, o pessoal de higienização, da manutenção. Mas aqui a gente fez camiseta verde e amarela para todo mundo”, conta Renata. É uma forma de deixar todo hospital no clima da Copa.

No 193, os chamados diminuem e chegam até quase zerar. É a contestação de anos do oficial da área Norte, Fábio Pereira de Lima, de 33 anos. “O trabalho não para, mas geralmente esta hora a tendência é cair as ocorrências. A gente acompanha tanto pela TV no quartel como no celular, mas em caso de acidente, a gente não tem nem o que pensar. Entra na viatura e sai”, resume.

No 193, os chamados diminuem e chegam até quase zerar, mas se houver ocorrência, eles deixam Copa e saem para o socorro. (Foto: Arquivo/Cleber Gellio)
No 193, os chamados diminuem e chegam até quase zerar, mas se houver ocorrência, eles deixam Copa e saem para o socorro. (Foto: Arquivo/Cleber Gellio)
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