Saiba como não enlouquecer com a criançada de férias e no isolamento
Pais e familiares não precisam quebrar a cabeça de como divertir a meninada; com dicas de especialista, brincadeira não vai faltar
Já vai fazer quase 1 ano que o mundo inteiro convive com a pandemia do novo coronavírus. De lá pra cá muita aconteceu, principalmente em Campo Grande: decretos revogados, flexibilizações em bares e restaurantes e até as escolas voltaram. Para a criançada, parecia que seria o retorno de uma "semi" normalidade.
Com a segunda onda do vírus instalada na Capital no finalzinho do ano, 2021 já começou morno: fora quem já estava de férias, a "quarentena" parece que voltou com tudo. Então, para que os pais não enlouqueçam com seus pequenos "tacando o terro" em casa e as crianças não fiquem entediadas e frustradas com a indisponibilidade de alguns adultos, é possível sim divertir a menina na segurança de casa.
É o que garante Cláudia Diniz, a professora universitária de 38 anos e mestre em Educação. Na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), lecionado nos cursos de Educação Física e Pedagogia, ou seja, exemplos de atividades físicas e lúdicas não faltam no seu repertório.
"Que tal brincar com desafios? Equilibrar a almofada na cabeça ou o chinelo no pé, montar um percurso dentro de casa, fazer zig-zag com sapatos espalhados, engatinhar embaixo da mesa, rastejar debaixo das cadeiras. Ou, até mesmo, fazer uma caça ao tesouro", sugere a especialista.
"Outro exemplo é pegar aquelas 'bolinhas' de meia guardadas no armário e fazer um 'basquete' improvisado. Os prendedores de roupa também podem virar um desafio, mas desta vez cronometrado. Quantas roupas a criança consegue esticar no varal? Já na cozinha, o incentivo da matemática e da leitura acontece por meio das receitas entre pai e filhos", deixa de dica.
A casa pode virar tanto sala de aula quanto colônia de férias personalizada!"
"Tudo isso é para exercitar equilíbrio, lateralidade, tonicidade, esquema corporal, coordenação motora. Não é apenas para matar tempo, mas também ampliar as habilidades dos pequenos. Não é o movimento pelo movimento, mas é uma descoberta das possibilidades psicomotoras, do repertório individual da criança", explica.
Pouco antes da pandemia "estourar" em MS, Cláudia lançou vídeos no YouTube mostrando brincadeiras com as meninadas de 2 a 6 anos e que não requerem nenhum material específico. É tudo com feito com alternativas que podem ser encontradas em casa: de lençois às toalhas, garrafas PET, meias, cadeiras, barbantes, etc. O que era para ser exemplos para os alunos em sala de aula acabou virando maior ajuda para os pais em tempos pandêmicos.
"Nós como adultos temos que entender que as crianças têm uma demanda diferenciada por conta da idade. A inquietude, o incansável explorar, o ter algo para ela fazer é importantíssima porque faz parte do desenvolvimento. É entender a necessidade de cada pequeno, respeitar o seu próprio tempo e sempre ter um diálogo aberto", explica.
Adolescentes – O mesmo vale para a "criançada" mais velha. Cláudia sugere fazer um cronograma de "saúde mental" para todo mundo, isto é, um acordo familiar. "Organizar o que cada um mais gosta no seu devido tempo, incentivar o lado lúdico assim como o relacionamento de companheirismo e afeto entre pais e filhos é fundamental", acredita.
"Explorar o senso coletivo e de responsabilidade não tem idade". Cláudia acrescenta que, ao se cumprir tarefas dentro de casa (arrumar a própria cama, guardar as roupas, lavar a louça), a recompensa pode estar em mais tempo numa jogatina de videogame, assistir a TV, numa brincadeira a dois ou então uma lanche diferente.
"Tudo deve ser combinado e dialogado", assegura. "O relacionamento fica mais saudável se tudo for conversado e pontuado".
Seja na escola ou seja dentro de casa, é preciso sempre ter uma rotina".
Confira abaixo outras sugestões para se fazer em casa e ocupar o tempo disponível da criançada:
- Projetos artesanais de "faça você mesmo"
- Passeios culturais on-line
- Saidinhas ao ar livre (parques e praças)
- Acampamento dentro de casa
- Contação de histórias
- Pista de carrinhos
- Castelo de cartas
- Jogos de tabuleiro/de avó (dominó, dama, etc.)
- Telefone sem fio
- Adedonha (mais conhecido como "Stop")
- Noite do cinema
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