Kety perdeu 17kg excluindo perfis de doce do Instagram e fugindo das prateleiras
Um ano depois, menos 17 quilos. A balança que marcava 77, hoje aponta 60. A mudança de vida aconteceu na frente do espelho, depois que Ketlyn viu o zíper do macacão preferido estourar. O cardápio que antes era regado a cerveja, foi substituído aos poucos. A corrida nas ruas entrou como exercício e meta de saúde: no mercado, Kety, como é conhecida entre os amigos, também aprendeu a fugir dos produtos prontos das prateleiras.
"Por que excluí 17 quilos?" Ao ver as fotos do antes e depois, Ketlyn Barreto, de 24 anos, relata exatamente o pontapé inicial para a mudança de vida. "Fui colocar esse macacão que sempre tive e que sempre gostei. Ele não fechava, quando consegui fechar, o zíper estourou. Me olhei no espelho e vi: - meu Deus do céu, o que aconteceu? Preciso mudar", lembra a assistente administrativo.
No espelho percebeu as dobrinhas nas costas e o porquê da roupa não lhe servir mais.
O primeiro passo foi acrescentar o exercício físico, de verdade, à rotina. "Comecei a correr todo dia. Eu já tinha feito academia, mas só por fazer mesmo, sem vontade alguma", conta. A meta diária era de 3 quilômetros, entre caminhada e corrida até a academia.
O início foi complicado, pelos hábitos, como a cerveja. "Gosto e tomo muita cerveja. Minha alimentação era bem relaxada. Comia muito, não tinha tanta preocupação porque nunca tive problema de saúde, então para mim, estava tudo bem".
Foi quando a mudança iniciou mesmo é que Kety conta ter sentido a diferença. Hoje, a assistente fala que errou em não procurar um nutricionista, o que acarretou num estresse por ter "riscado" guloseimas e a bebida. "Queria muito beber, comer e eu não podia isso. No começou foi muito complicado, doeu".
Junto da atividade física, Kety resolveu excluir todas as lojas, confeitarias, padarias e doces anunciados pelo Instagram. Na rede social, substituiu pelos perfis fitness, de figuras conhecidas pela dieta e alimentação saudável. "Fiz para não passar vontade. Então eram só os amigos e pessoas que influenciavam nessa parte mais saudável", explica.
Até na faculdade o comportamento mudou. A jovem passava 'correndo' pelos salgados, de nariz tampado e sem nem olhar. "Não queria sentir o cheiro. Fiz isso comigo, porque eu precisava. Não tinha como escapar, porque se eu comesse um dia, ia pensar essa semana já foi, só vou começar semana que vem...", descreve.
A proximidade com alimentos saudáveis e leituras indicadas fez com que ela passasse a ver como "veneno" o que antes parecia tão saudável. Suco de caixinha, de garrafa, barrinhas de cereais, bolachas de baixa caloria e até água de coco viraram vilões. "Os produtos de prateleira de mercado, quase todos, são um veneno. Pão, mesmo sendo integral, nem passa pela minha cabeça hoje. Peito de peru, presunto..." exemplifica Ketlyn.
Da alimentação também saíram leite e seus derivados, açúcar e o sal foi radicalmente diminuído. Por já ser adepta de saladas e frutas, isso não foi dificuldade.
No dia a dia, a jovem conta que montou cinco cardápios para variar durante a semana. A rotina começava com um copo americano de água com limão, que segundo ela, é ingerido até hoje para acelerar o metabolismo ou suco detox.
No café da manhã, entraram ovos ou tapioca e de lanche, fruta com chia, granola ou linhaça. No almoço, quase sempre frango ou atum e mandioca ao invés de arroz branco. "Feijão eu não excluí não. Sou apaixonada", brinca Kety.
Nos lanchinhos da tarde, fruta com castanha ou amêndoa e como alimentação pré-treino, batata doce ou abacate. No jantar, frango com salada e de ceia, uma pequena fruta.
"Neste um ano o mais difícil foi mesmo a adaptação. Levei sete meses para acostumar", confessa. Namorando, Ketlyn também conta que não era muito fácil manter a vida social entre os amigos. "Eu não comia, ou se comia, era uma porção de carne, de algo que eu pudesse e também não bebia", narra. De início, a cerveja ainda tinha um dia para ser degustada, mas quando a mudança de vida ficou intensa, saiu de vez de cena.
Ketlyn prefere usar o verbo "excluir" a perder, por ter se livrado mesmo de 17 quilos de gordura. "Aquilo sumiu para mim, morreu". Quanto ao macacão, ele continua em casa e agora está até grande.
Na nova fase, a assistente quer definir o corpo e conta com o acompanhamento de um personal trainer e uma nutricionista. "Sempre coloquei um objetivo: até tal dia tenho que estar com quantos quilos. É meu jeito de ser e quero participar de uma competição em abril. Agora meu objetivo é este", resume.